Dia 14 de abril pelas 18h na Biblioteca de Sintra, a Alagamares leva a cabo uma apresentação da obra de Francisco Moita Flores “Enfarte no Alto do Parque”, com a presença do próprio e a participação de Miguel Real. Entrada Livre.
Francisco Maria Moita Flores (Moura, 23 de fevereiro de 1953) é um escritor, analista, investigador, antigo inspetor da Polícia Judiciária e antigo Presidente da Câmara Municipal de Santarém.
Moita Flores nasceu em Moura, onde estudou até aos 15 anos, prosseguindo os seus estudos secundários em Beja. Depois, já casado e com dois filhos, completou o bacharelato em Biologia, na Faculdade de Ciências da Universidade Lisboa, em 1975. Desde esse ano, e até 1978, foi professor de Biologia, no Ensino Secundário.
Em 1978 concorreu à Polícia Judiciária, tendo sido o primeiro classificado no curso de investigação criminal e formação de inspetores. Até 1990, pertenceu a brigadas de furto qualificado, assalto à mão armada e homicídios. Várias vezes louvado, deixou aquela instituição para se dedicar à vida académica — viria a terminar uma licenciatura em História, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.[2]
No entanto, regressou dois anos depois, em 1992, para junto da então direção da Polícia Judiciária com a incumbência de proceder aos estudos e avaliações do movimento criminal. É na qualidade de assessor da direção da Polícia Judiciária que participa no programa da SIC Casos de Polícia, que marca uma viragem nas relações entre polícia e comunicação social. Também desenvolveu estudos sobre a violência e morte violenta, dirigiu a equipa que identificou e trasladou os mortos do cemitério da Aldeia da Luz, numa destacada operação científica.
Colabora regularmente em vários jornais e revistas nacionais.
A 8 de junho de 2009 foi feito Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Casamento e descendência
É casado segunda vez com a atriz Filomena Gonçalves, presença assídua nas suas produções televisivas. É pai de três filhos e avô de três netos.
Atividade como escritor
Os 12 anos como inspetor da Polícia Judiciária proporcionaram a Moita Flores muitas experiências e inspiração que viria a usar para escrever obras de ficção, sendo algumas delas adaptadas para televisão. Destacam-se as séries de caráter histórico, com argumento de sua autoria: A Raia dos Medos, Conde de Abranhos, Alves dos Reis, O Processo dos Távoras, A Ferreirinha, João Semana e Pedro e Inês.
Obras Publicadas
Romances
- Polícias sem História, Editorial Notícias, 1996
- Filhos da Memória do Vento, Ed. Notícias,1997
- O Carteirista que Fugiu a Tempo, Ed. Notícias, 2001
- Ballet Rose (Uma História amoral) , Ed. Notícias, 2002
- Não há lugar para Divorciadas, Ed. Oficina do Livro, 2003
- Em Memória de Albertina, que Deus Haja, Ed. Oficina do Livro/Leya, 2004
- A Fúria das Vinhas, Ed. Casa das Letras, 2007
- Mataram o Sidónio!,Ed. Leya, 2010
- As Aventuras de Maresia do Mar (contos juvenis), Ed. Leya, 2010
- Opereta dos Vadios,Ed. Leya, 2011
- O Bairro da Estrela Polar, Ed. Leya, 2012
- Segredos de Amor e Sangue,Leya, 2014
- O Dia dos Milagres, Leya, 2015
- O Mensageiro do Rei, Ed. Leya, 2017
- O Mistério da Caso de Campolide , Ed. Leya, 2018
- Os Cães de Salazar, Ed. Leya, 2020
Ficção para Televisão
Novelas
- Desencontros (co-autoria com Luís Filipe Costa) – RTP, 1995
- Filhos do Vento – RTP, 1997
- Alves dos Reis – RTP 2001
- Lusitana Paixão – RTP, 2003/2004
- Mundo ao Contrário (como consultor criativo) – TVI, 2013
Séries
- Polícias, (co-autoria com Luís Filipe Costa) – RTP, 1996/1997
- Ballet Rose – RTP, 1998
- Esquadra de Polícia – RTP, 1999/2000
- A Raia dos Medos – RTP, 2000
- Capitão Roby – SIC, 2000
- O Conde d’Abranhos (adaptação da obra homónima de Eça de Queiroz) – RTP, 2000
- O Processo dos Távoras – RTP, 2002/2003
- A Ferreirinha – RTP, 2004
- João Semana (adaptação da obra As Pupilas do Senhor Reitor, de Júlio Dinis) – RTP, 2005
- Pedro e Inês – RTP, 2005
- Quando os Lobos Uivam (adaptação da obra homónima de Aquilino Ribeiro) – RTP, 2006
- Bairro – TVI, 2014
- O Atentado – RTP, 2020