COMUNICADO de 27 de Junho de 2014
Perante o facto consumado do abate de uma tília centenária na manhã do dia 26 de Junho junto ao Palácio Nacional de Sintra, promovido pela Parques de Sintra-Monte da Lua, e não obstante as explicações entretanto produzidas por aquela empresa no sentido da inevitabilidade desse abate, vem a Alagamares- Associação Cultural manifestar publicamente e perante a PSML o seu desagrado por tal acto, não estando quanto a si cabalmente esclarecido se esse abate era a única solução possível neste caso em particular.
Tudo tem de ser feito para salvar as nossas árvores, e nesse processo a auscultação dos cidadãos é fundamental, o que raramente ocorre, prévia e eficazmente.
A cada árvore abatida deve corresponder a subsequente plantação de novo exemplar, atento o facto de entre os critérios que levaram à classificação de Sintra como Património da Humanidade estar subjacente a imagem cénica proporcionada pela vegetação densa e exótica, alinhada à subsistência ao longo de décadas de exemplares vetustos e de excepção.
Reiteramos a necessidade duma melhoria no procedimento das entidades gestoras do território e dos espaços classificados, publicitando e divulgando tempestivamente os relatórios previamente às intervenções, numa melhoria na relação com os fruidores do património natural, atento ainda o facto de que qualquer procedimento cautelar ou preventivo que se pretenda desencadear ao abrigo da legislação em vigor se defronta sempre com o facto consumado irreversível que nos últimos anos e proveniente de vários serviços da Administração Publica, central ou local, tem pautado a desflorestação urbana e a descaracterização sem planeamento de locais ímpares e consolidados.
No caso em apreço, aguardaremos pela plantação no local de novo exemplar, bem como igualmente pela reintrodução no Terreiro Rainha D. Amélia de outros exemplares igualmente suprimidos nos últimos anos.
Este comunicado foi já enviado via mail à Parques de Sintra-Monte da Lua
Recebemos entretanto a 30 de Junho o seguinte mail de resposta:
Atendendo ao V/ comunicado, recordamos o que havia já sido referido na nossa informação anterior, isto é, que será plantada uma nova Tília no local onde se encontrava a que teve que ser removida devido à queda de pernadas e ao risco potencial de rutura que os problemas fitossanitários descritos causaram.