A caminho do centenário de Maria Almira Medina, escritora, professora e artista plástica que marcou a vida cultural de Sintra nas últimas décadas, de agora até Setembro iremos regularmente publicando textos, depoimentos e pequenos filmes a si alusivos. Acima, reproduzimos o poema que escreveu para uma célebre manifestação pelo restauro do Chalé da Condessa, causa em que a Alagamares e muitos cidadãos se uniram em prol da defesa desse património na altura em ruínas, uma causa felizmente bem sucedida.
Maria Almira Pedrosa Medina nasceu em Tavarede, Figueira da Foz, a 29 de agosto de 1920, e aos seis anos veio viver para Sintra.
Filha do fundador do Jornal de Sintra, António Medina Júnior, durante muitos anos dominou o panorama local como batalhadora pelas causas dos artistas e da escrita. Só para dar um exemplo, foi ela, ainda jovem, quem cantou na primeira edição do Baile das Camélias, em 1941, na Sociedade União Sintrense, ou recebeu em 1954 o 1º Prémio Nacional de Caricatura.(abaixo, recebendo o prémio). A Menina Girassol foi um dos seus livros mais conhecidos.
Maria Almira foi um exemplo para as novas gerações do porfiar em torno de valores, sonhos e projectos, nos quais esteve envolvida até ao fim.
A Alagamares, teve ocasião de lhe prestar homenagem durante as suas Oficinas de Teatro, orientadas por Rui Mário, grande figura do teatro em Sintra, e durante a qual textos seus foram representados dramaturgicamente perante uma Maria Almira emocionada, bem como igualmente a teve como oradora no seu III Encontro de História de Sintra, em 2007, entre outras iniciativas.
Maria Almira. A memória é uma rosa aberta!