Concerto online dos Them Flying Monkeys-5 de Fevereiro

Depois de um 2020 sem concertos, num acto de resistência e porque a cultura não pode parar, os Them Flying Monkeys, em parceria com o Teatro Mosca e com a produtora Carpete, trazem ao público um concerto em formato live stream, com transmissão ao vivo na plataforma Ticketline Live Stage no próximo dia 5 de Fevereiro, às 21h00.
Num revisitar do seu mundo pop, este concerto contará com as músicas do mais recente disco da banda, Under The Weather, que foi gravado no Black Sheep Studios e editado pela Montanha Records em Fevereiro de 2020. Com uma sonoridade heterogénea e bem demonstrativo da maturação da identidade musical da banda, Under The Weather foi apresentado no MUSICBOX em Março de 2020, pouco antes do flagelo da pandemia os impedir de realizar a primeira parte do concerto da banda inglesa Temples no Lisboa ao Vivo e de darem início à sua terceira tour nacional de clubes e festivais. Em constante caminho exploratório, os Them Flying Monkeys regressam agora aos palcos, no formato possível, procurando contribuir para o alívio da asfixia cultural que há tanto tempo se faz sentir. Os bilhetes para este concerto estão à venda na plataforma Ticketline Live Stage, a mesma onde o concerto terá lugar. Ver link abaixo:

https://livestage.ticketline.pt/show/them-flying-monkeys

Entretanto, colocámos algumas questões ao grupo, já conhecido no panorama artístico sintrense, e abaixo publicamos as respostas do grupo.

Quem são os Them Flying Monkeys?

Os Them Flying Monkeys são uma banda de rock alternativo, composta por cinco amigos de Sintra. Desde 2015 que temos vindo a fazer música em conjunto e temos agora um EP e dois álbuns editados.

Quando surgiram e que experiências musicais tiveram anteriormente?  Têm algumas referências ou ídolos no campo da música?

A banda surgiu em 2015, pouco depois do final do ensino secundário, onde nos conhecemos. Andámos todos na Escola Secundária de Santa Maria, na Portela de Sintra, e durante esse período tocámos em diferentes bandas. Ao longo dos anos as nossa referências têm vindo a diversificar-se. Vimos todos de zonas diferentes da música, entre as quais a música de câmara e o hard rock. Somos fãs de muita da música feita nas décadas de 60, 70 e 80, mas, se falarmos de projetos mais atuais, as nossas referência vão desde o Robert Glasper aos Fontaines DC. Também estamos, evidentemente, muito atentos à música que se faz em Portugal e, neste panorama, somos fãs de projetos como Marinho, Grand Sun, Caio, Gator The Alligator ou RAY.

Falem-nos um pouco dos vossos momentos mais marcantes até ao presente.

Temos muitos! Mas podemos destacar a nossa última digressão Europeia, durante a qual tocámos em Espanha, França e Itália, como um dos momentos mais marcantes para a banda. Esta tour deu-nos a possibilidade de conhecer muitos sítios e pessoas incríveis. Foi uma experiência divertida e exigente, que já queríamos ter há muito tempo. O nosso último concerto ao vivo, no Musicbox Lisboa, em Março de 2020, mesmo antes do primeiro período de confinamento também foi muito importante para nós. Por um lado, foi o concerto de apresentação do nosso último disco, ‘Under The Weather’. Por outro lado, foi o nosso último concerto ao vivo, antes de atravessarmos a experiência da pandemia e isso marcou-nos.

Qual o tipo de público a que se destinam?

Não consideramos que temos um público alvo, pelo que não fazemos música a pensar num tipo de público em específico.

A banda já tem alguma visibilidade, tendo começado em Sintra. O que pensam do panorama cultural e musical sintrense atual?

Apesar de também sentirmos que já conseguimos ter alguma visibilidade, estamos constantemente a pensar em formas de continuar a fazer música e a oferecer conteúdo ao público que, de alguma maneira, se relaciona connosco. O facto de sermos uma banda de Sintra é algo que nos marca, não porque nos torna distintivos, mas porque não há muitas bandas de Sintra (ou, dito de outra forma, porque é difícil para as poucas bandas de Sintra que existem terem expressão dentro do próprio município). Algumas das bandas de Sintra que recomendamos são, por exemplo, os Paradoxo, o trio de jazz do João Fragoso, entre outras. Estas dificuldades são um sintoma do que, no nosso entender, é a escassez de programação cultural ativa e diversificada no município. Temos mesmo muita pena que não existam mais associações dedicadas à produção e divulgação musical, que pensem nos movimentos culturais locais e que procurem dar-lhes palco e visibilidade. A inexistência de bares de música ao vivo, que apostem na música independente em Sintra, é também algo que lamentamos.

Como têm atravessado este período de pandemia?

Tem sido difícil, dado que o sector cultural está absolutamente paralisado. Os concertos que tínhamos agendados para depois de Março de 2020 foram cancelados e as perspectivas para este ano também não são muito animadoras. Ainda assim, já temos alguns concertos marcados para depois do concerto do próximo dia 5 de Fevereiro, que entretanto anunciaremos.

Quais são os vossos planos para o futuro?

Temos muitos planos. No verão passado rumámos ao Algarve para escrever músicas novas que gostávamos que viessem a integrar o nosso próximo disco num futuro próximo. O nosso trabalho mais recente é, contudo, apenas do ano passado e ainda desejamos poder tocá-lo mais vezes junto do público que o quer ouvir e que, em virtude do desenrolar da pandemia, não o pôde fazer. Temos muitas saudades de toca ao vivo, a poucos metros de pessoas a dançar.

Uma mensagem para que o público assista ao vosso espetáculo de dia 5.

Para o dia 5 de Fevereiro, estamos a preparar um concerto inédito, em live streaming, que espelhe da forma mais fiel possível aquilo que é a nossa execução ao vivo. Vamos tocar músicas do nosso trabalho mais recente, mas também algumas outras dos nossos trabalhos anteriores. Com o convite do (incrível, incansável) Teatro Mosca e com a colaboração da produtora de vídeo Carpete, acreditamos que vai ser possível preparar um espetáculo que ofereça ao público, tanto quanto possível, a experiência de um concerto ao vivo, nos moldes possíveis. Contamos com a participação do público e esperamos poder oferecer a todos um bom momento de fruição musical.

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