Cronologia de Sintra 1961-1974

Imagens de Sintra Rural,música de José Fernandes Badajoz

1961

III Salão de Arte de Fotografia de Sintra


Janeiro

5-Abre ao serviço o apeadeiro da CP na Portela de Sintra.

8- O programa TV Rural da RTP, do Engº Sousa Veloso faz uma reportagem na escola da Sarrazola, num curso de formação familiar rural.

Encerramento da Estalagem dos Cavaleiros.

Jorge de Melo é proprietário do Mont Fleuri.

O juiz de Sintra Guilherme Lourenço Pinheiro é nomeado director dos serviços de Censura.

29- As relíquias de D. Nuno Álvares Pereira vêm a Sintra.

Fevereiro

2-Laura Alves e sua companhia levam à cena “Boa Noite Betina!” no Carlos Manuel.

5-Inaugurada a iluminação pública no Largo Rainha D. Amélia, na Vila Velha.

António Mazzioti França é presidente do Hóquei Clube de Sintra (HCS).

8- A Câmara de Sintra vota um protesto pelo assalto ao Santa Maria pelo comandante Henrique Galvão.

Abril

21-Alfredo Ventura presidente do Sintrense

Junho

17-Abre o Hotel das Arribas na Praia Grande (ainda sem piscinas).

Agosto

15-V Festival de Sintra

Setembro

18- Queluz é promovida a vila (DL 43920)

Outubro-Nas bodas de ouro do Sport União Sintrense actuam Alice Amaro, António Calvário e Madalena Iglésias, no Carlos Manuel.

22-Abre o “Café-Bar” de Pêro Pinheiro, de José Quintans Botelho Rodrigues.

Dezembro

5- A capela de S. Mamede, em Janas, (foto)a igreja da Terrugem e a igreja de Santo António, no Penedo, são classificadas de interesse público pelo decreto nº 4407529

Segundo a DGPC “O sítio de São Mamede de Janas tem uma longa história de sacralidade, remontando as suas origens, pelo menos, ao período de domínio romano, altura em que aqui se terá edificado um primitivo templo. Dessa estrutura restam ainda importantes vestígios junto aos contrafortes do actual templo, mas a identificação nas proximidades de espólio pré-histórico pode fazer recuar ainda mais a cronologia inicial de ocupação do local, assim se confirme esta relação em futuras intervenções arqueológicas.

Os vestígios romanos materiais são pouco relevantes e resumem-se a “restos duma construção baixa, muito grosseira, também de planta circular e constituída por pesados blocos de calcário ligados por argamassa e dispostos de maneira a formarem dois degraus”. No entanto, existem bons argumentos que relacionam esse passado romano com a planta circular do templo (que teria sido, assim, mantida na construção da capela), com a estranha solução “de seis elegantes colunas de fuste liso, de sabor clássico, que se ergue ao centro”  e, ainda, com o aparecimento de algumas sepulturas de inumação nas imediações No século XIX, o Visconde de Juromenha admitiu a hipótese de aqui ter existido um templo dedicado a Janus (facto que explicaria também o topónimo Janas), mas estudos posteriores sedimentaram a hipótese de se ter tratado de um templo a Diana, pela natural continuidade de culto entre a divindade pagã e o santo cristão (ambos protectores dos animais), pela possível origem do topónimo Janas em Diana (com forma intermédia em Jana, ou Iana) e pela circunstância de os templos romanos dedicados a esta deusa serem de planta circular (IDEM).

Esta hipótese de interpretação não foi, até ao momento, confirmada ou rejeitada, pelo facto de ainda não se terem realizado escavações sistemáticas no local. Desta forma, apenas sabemos que, antes da actual capela, existiu um outro templo, cujos indícios materiais e conceptuais apontam para o período romano. Também se desconhece a evolução do sítio durante toda a Idade Média, sendo certo que ele já existia em 1494, altura em que se refere a ermida de São Mamede

A actual configuração data da época moderna, provavelmente de finais do século XVI (como se menciona nos Tesouros Artísticos de Portugal, 1978, p.304), ou já do século XVII. O carácter erudito da sua estrutura central, circular e formada por colunas italianizantes de fuste liso e capitéis que suportam um tambor que se ergue até ao tecto, fez com que alguns autores sugerissem tratar-se de uma obra devida ao génio de Francisco d’Ollanda, que sabemos ter andado por estas paragens.

Em volta do tempietto, existe o corpo do templo, de planta circular, com banco corrido a toda a volta, interrompido pela minúscula capela-mor, cujo altar é ladeado por ex-votos animalistas. O púlpito, que pretendeu copiar o tempietto, é de 1881. No exterior, sobressai o alpendre (estrutura tão comum nos templos rurais do aro de Sintra), que se adossa a metade da capela e ao qual se acede por duas portas, e os três contrafortes que reforçam a parte mais baixa do monumento.

A ermida é ainda importante de um ponto de vista antropológico, uma vez que, entre 15 e 17 de Agosto, aqui se realiza uma curiosa romaria de pendor rural, que consiste na condução de gado em volta do templo. A tradição impõe que se façam três voltas rituais no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio e, muitas vezes, os seus donos depositam ex-votos no interior, acompanhados de ofertas como trigo, cevada ou azeite (recebendo os animais, em troca, fitas de cores que conservam durante o ano). Esta “troca” devocional continua ainda a verificar-se nos dias de hoje, embora já sem a amplitude de outros tempos, em que chegou a verificar-se a afluência de manadas vindas de uma vasta região que ia de Cascais a Torres Vedras.

Manifestação em Sintra contra a ocupação de Goa, Damão e Diu pela União Indiana.

Inauguração da luz eléctrica em Rio de Mouro

1962

Em 1962 existiam em Mem Martins diversas fabricantes de queijadas, comoJoaquina da Conceição, Silvéria de Jesus,Maria Silvéria, Eugénia de Jesus, Eugénia Maria Domingas, Ludovina Maria ou Maria Augusta

João Couto escreve Museus de Sintra. Lisboa: Ocidente

Publica-se Património Cultural do Concelho de Sintra, de  Miguel Magalhães Ramalho e Francisco Gonçalves

Carlos Teixeira publica  La Structure Annulaire Subvolcanique des Massifs Éruptifs de Sintra, Sines et Monchique

Janeiro

5- É criada a freguesia de Algueirão-Mem Martins, por influência de Isaías Paula, João Cordeiro e Francisco Fernandes entre outros (DL 44147), sendo seu primeiro presidente o veterinário Francisco Fernandes

Lourel de Cima inaugura um chafariz público

Fevereiro

Laura Alves representa no Carlos Manuel “Criada para todo o Serviço

17- Os Bailados Verde Gaio de Fernando Lima actuam no Carlos Manuel

 
Março
15-Pelo despacho ministerial 28/62, é consagrada a obrigatoriedade do registo predial em Sintra 

Abril

6- António José Pereira Forjaz presidente do Sintrense

11-Inaugurados os correios de S. João das Lampas

Maio

Inauguração por Américo Tomás da Tabaqueira

Inauguração das novas instalações do Hóquei Clube de Sintra, sendo presidente Rui Cunha 
VII Grande Rali de Sintra

Junho-Inaugurado o salão de chá do Ramalhão de José de Almeida

Julho

12- Inaugurado o novo posto de turismo no edifício do antigo Hotel Costa, na Vila.

Agostinho Neto e a esposa passam férias na Praia das Maçãs, na Casa das Palhas, Tomadia

Agosto

10-Inauguração da Biblioteca e Arquivo Histórico no Palácio Valenças

A Filarmónica de Pêro Pinheiro fica em 2º Lugar no Festival Mundial de Bandas, em Kerkrade, na Holanda, tendo uma recepção apoteótica à chegada 

Amália Rodrigues em Sintra com o Visconde d’Asseca

Outubro

É inaugurado o Colégio D. Afonso V.

Dezembro

11-Morre o Arq. Norte Júnior, arquitecto entre outros do casino de Sintra(hoje Centro de Arte Moderna)

Nascido em Lisboa a 24 de Dezembro de 1878, foi um dos mais ativos arquitetos do princípio do século. Em 1891 ingressou na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Em 1900 termina o curso de Arquitetura Civil onde entretanto entrara e concorre a um lugar de pensionista do Estado no estrangeiro. Estudou em Paris, na Escola de Belas-Artes e no atelier Pascal, fazendo ainda diversas viagens de estudo por Espanha, França e Bélgica. De regresso a Lisboa em 1904 a sua primeira grande obra: Casa – Atelier Malhoa, na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa. Esta obra marca a inauguração da sua notável participação na arquitetura das Avenidas Novas. Em 1905 casa-se, estabelecendo-se em Sintra e trabalhando em Lisboa.

Contemporâneo de outros grandes arquitetos, autores de grandes obras, como o foram José Luís Monteiro (1848-1942), Nicola Bigaglia (1841-1908), Miguel Nogueira Júnior (1883-1953), Álvaro Machado (1874-1944) e Miguel Ventura Terra (1866-1919), parece ter beneficiado com a morte prematura deste último que lhe deixou a oportunidade de projetar um maior número de obras, sobretudo edifícios habitacionais e hoteia, passando igualmente em arranjos interiores de estabelecimentos comerciais. A sua ligação ao ideal republicano também parece ser um fato determinante na possibilidade de conceber o conjunto de obras que se lhe conhece.

Norte Júnior, poderá ser considerado como um arquiteto das Avenidas, não apenas pela grande quantidade de obras que fez nesse espaço da cidade, mas, igualmente, porque foi aí que concebeu as suas melhores obras. Estas subordinaram-se à estética historicista e eclética, expressa principalmente nos elementos decorativos das fachadas, dando importância ao geometrismo e luxo de alguns desses elementos, com noções de modernismo Arte Nova. É exemplo perfeito a pastelaria Versailles, no piso térreo, com o número 15 da avenida da República. Como coordenador técnico em duas companhias promotoras de construção entreviu em planos de modernização da cidade; a companhia de Construção Predial e a Companhia de Crédito Edificadora. A primeira, suportada pelo banco Fonseca, Santos e Viana, não teve sucesso devido à falta de apoios financeiros. Apenas a Crédito Edificadora permitiu a Norte Júnior o desenvolvimento da sua arquitetura, de que é exemplo o Palacete do gaveto entre a avenida da República e a avenida de Berna, projetado para Amélia Pereira Leite.

Neste projeto, Norte Júnior resolve o gaveto da avenida da República com a avenida de Berna e concebe um palacete de três pisos, considerado por muitos como o palacete mais ostensivo nesta zona da cidade. Caracteriza-se pelo luxo do seu desenho, sendo coroado com uma cúpula dominante e ornamentado com elementos decorativos que lhe conferem um ecletismo, tanto no exterior como no interior. Os trabalhos de pedra, inspirados na Beaux-Arts e Arte Nova, são conjugados com detalhes decorativos em estuque, pinturas e vitrais, que lhe dão um toque britânico de conforto e luxo, num ambiente Arts and crafts.

Arquiteto da Casa de Bragança, é também autor de vários projetos, entre os quais os da casa e atelier Malhoa, em Lisboa, o pavilhão D. Carlos no Buçaco, o Palace Hotel da Curia, o Grande Hotel do Monte Estoril, o Hotel Paris no Estoril e o Palácio Fialho em Faro.

A Sociedade A Voz do Operário em Lisboa e a Associação dos Empregados do Comércio em Lisboa, entre muitos outros edifícios e remodelações são também esboços deste importante arquiteto.

Em 1908 o industrial Agapito da Serra Fernandes toma a iniciativa da construção do bairro operário Estrela de Ouro, à Graça, onde vem inclusivamente a fixar residência na vivenda Rosalina, habitação localizada neste mesmo bairro, edificado sob o risco de Manuel Joaquim Norte Júnior.

O Palacete Villa Sousa, na Alameda das Linhas de Torres, n.º 22, em Lisboa, integrado num grande jardim, delimitado por muro com gradeamento, a definir gaveto, foi mandado edificar por iniciativa de José Carreira de Sousa, com projeto de Manuel Joaquim Norte Júnior. O início da sua construção data de 1911, tendo sido distinguido com o Prémio Valmor de 1912. Os membros do júri consideraram a Villa Sousa: (…) a mais bella casa edificada na cidade de Lisboa no anno de 1912. Traduzindo uma arquitetura civil residencial eclética, destacava-se pela harmonia de proporções e elegância do seu torreão, pelo trabalho escultórico das cantarias, assim como pelo recurso frequente ao arco pleno e aos colunelos, característico da obra de Norte Júnior. Objeto de obras de transformação, ao longo do tempo, esteve para ser demolido, encontrando-se atualmente em ruínas, mantendo apenas a fachada e algumas paredes.

15- Edgar de Bragança Soares comandante dos Bombeiros Voluntários de Sintra 

1963

A Quinta dos Pisões encontra-se na posse de Eduardo Henry Gallway.

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Os dados disponíveis dizem-nos que, em 1655 e segundo os arquivos da Quinta da Boiça, os proprietários da Quinta dos Pisões eram D. José Leite de Aguiar e D. Sebastiana de Meneses. Na segunda metade do século XVIII, a propriedade pertencia aos Duques de Aveiro. Na sequência dos acontecimentos relacionados com o famoso processo dos Távoras, a quinta é confiscada e emprazada a Manuel Caetano de Sousa Prego. Segundo algumas fontes, a propriedade terá servido diversas vezes para reuniões entre os conjurados que no dia 3 de Setembro de 1758 atentaram contra a vida do Rei D. José I, facto decisivo para que a propriedade fosse confiscada.

Já no século XIX, em 1810, e no seguimento de uma ordem de execução acionada contra o herdeiro do anterior proprietário, António Valeriano de Sousa Prego, a propriedade é vendida a Máximo José dos Reis, Capitão-Mor de Sintra. Após o seu falecimento, em 1849, a propriedade passa para as mãos de sua filha Libânia e seu marido, Michael David Gallwey. Os herdeiros de Gallwey vendem a quinta ao sogro dos actuais proprietários em 1925. Logo em 1926 e 1927, o famoso arquitecto Raul Lino, assina um projeto de alterações para a Quinta dos Pisões sobretudo ao nível dos interiores de que dispomos informação reduzida. Em 1947, segunda campanha de obras de Raul Lino, que, desta vez elabora os planos de construção da garagem da propriedade.

A propriedade do Convento da Trindade é pertença de Sra. D. Irene Seixas.

O Convento da Penha Longa entra na posse do Dr. Francisco Correia de Campos.

Abril

24- No Cabo da Roca colidem o Louise Gorthom com o espanhol Virgen de La Esperanza

Junho

13-Inauguração do Centro de Assistência dos Recreios Desportivos do Algueirão. Ver video abaixo

19-Richard Nixon, antigo vice-presidente dos EUA, visita Sintra e almoça em Seteais 

Jornal de Sintra noticia que há falta de bacalhau em Sintra.

Agosto

14-Deflagra um incêndio no Hotel Central. Ver video abaixo

Setembro

1- As festas de N. Sra do Cabo decorrem em S. Pedro de Penaferrim, com a presença do presidente Américo Tomás. Ver video abaixo:

Construção da Barragem do Rio da Mula, projecto de Ressano Garcia.

Início da urbanização (clandestina) de Casal de Cambra.

A Escola Comercial e Industrial de Sintra, em Agualva Cacém, passa a chamar-se Ferreira Dias

O Convento de Sant’Ana do Carmo pertence ao 4º conde das Antas

Dezembro

8-Inauguração e benção do nicho de Nossa Senhora Peregrina dos Caminhos no Largo do Morais (desapareceu em 1974)

1964

Anna-Maria Pereira da Gama escreve Velhos Tempos: A Corte em Sintra. Separata Olisipo (Boletim Trimestral do Grupo de “Amigos de Lisboa”) 27, n.º107: 1-11

Casimiro Gomes da Silva publica O Palácio Nacional de Sintra. Sintra: Tipografia Soares

Carlos Alberto de Matos Alves escreve Estudo Petrológico do Maciço Eruptivo de Sintra. Porto: Imprensa Portuguesa

Janeiro

12- A tripulação do navio almirante Springfield da 6ª esquadra do Mediterrâneo janta no Hotel das Arribas e faz um jogo particular com o Sintrense.

21-Dois conhecidos meliantes, o “Portugal Nunes” e o “Parafuso” assaltam o estabelecimento Capote, na Estefânea, sendo dominados pelo guarda-nocturno Ventura Luís dos Santos

25-Primeira apresentação do agrupamento musical sintrense “Diamantes Negros” 

Ver abaixo a história dos Diamantes Negros

Fevereiro

1-O grupo cénico do Sintrense representa “O Natal do Zé Caniço” na Assafora.

É presidente dos Bombeiros Voluntários de Sintra Domingos Francisco Veloso Lima.

9-IX Rali das Camélias, vencem Horácio de Macedo e César Torres.

11-É inaugurada a “Casa dos Frangos” em Colares, de Amílcar Augusto Gil.

É presidente de “Os Aliados” de S. Pedro Miguel António Pedroso.

São inauguradas as instalações das Publicações Europa-América.

O sintrense Salvador Salvado Garrido é nomeado embaixador de Portugal na Colômbia.

Abel Simões de Carvalho é presidente da Junta de Freguesia de Colares.

Sai o corso de Mucifal organizado por Agostinho Limpo, David Tomás e Miguel Lavrador entre outros (vai até à Vila, passando por Galamares).

Abre o restaurante “Chaby” em Mem Martins, com gerência de Secundino Gonçalves Queiróz.

Abril

9-Em memória da trágica derrota militar portuguesa ocorrida na Batalha de La Lys (no vale entre os rios La Lys e La Bassée), o Núcleo de Sintra (então sediado em Queluz) da Liga dos Combatentes organiza junto ao monumento dos mortos da Grande Guerra, na Correnteza,uma cerimónia de homenagem aos militares sintrenses natos ou residentes, vivos ou falecidos, que integraram o CEP durante o conflito, aí descerrando uma lápide dedicatória (que depois foi recolocada no solo, conforme projeto municipal de 1968, assim assinalando o cinquentenário do Armistício) do Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa (nº 1) de Queluz, perante uma guarda de honra de uma sua bateria e da Base Aérea nº 1 de Sintra (sita na Quinta da Granja do Marquês).      

16- Rainier e Grace do Mónaco visitam Portugal e Sintra, sendo obsequiados por Jorge de Melo com um almoço na Quinta da Ribafria. (ver video abaixo)

O capitão Américo Santos é provedor da Santa Casa da Misericórdia. 

22-Américo Tomás inaugura o bairro das casas económicas da Tabaqueira, com 241 fogos.

Maio

23- O cénico do Mucifalense apresenta “Os Fidalgos da Casa Mourisca” encenado por Carlos Borges.

31-Carlos Moreira abre um talho na Praia das Maçãs.

Junho

Morre Pedro Costa Azevedo, pai de José Alfredo e velho republicano de Sintra.

Sérgio Calisto Mota é presidente da Banda de Colares.

No Tramagal, o Sintrense sobe à 2ª Divisão de Futebol. 

21-Inauguração da escola primária de Janas.

Veríssimo Novo é treinador do Sintrense

Julho

15- A Câmara cria o Gabinete Técnico de Urbanização e Obras, coordenado pelo vereador Sena Santos.

22-Em S. Pedro de Penaferrim casam o Duque Amadeo d’Aosta e Claude de França.Ver video abaixo

28- O futuro escritor e professor M. S. Lourenço licencia-se em Histórico-Filosóficas, em Lisboa.

Começam obras de urbanização da Urbanil em Rio de Mouro.

Agosto

1-Inauguração na R. Alfredo Costa da agência em Sintra da Caixa Geral de Depósitos.

Decorre o VIII Festival de Sintra e o XVII Concurso Hípico, no campo do Sintrense. 

O Visconde d’Asseca nas festas do Mucifal

Setembro

O circo Texas está na Portela e a barbearia Lúcio recebe grandes melhoramentos.

Dezembro

5-Francisco José actua no Colarense.

23-Publicado o DL nº 46098, que permite a construção do Bairro de Mira Sintra pelo Fundo de Fomento da Habitação

O Bairro de Mira Sintra, localizado num terreno que dava pelo nome de “Casal da Pedra”, é fruto de um plano desenvolvido em 1965 pela antiga Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais/Serviço de Habitações Económicas, para a concretização do Agrupamento de Casas Económicas de Agualva e Cacém. Em 1974, o Fundo de Fomento de Habitação possuía cerca de 2000 fogos e receando-se nessa altura uma ocupação ilegal abriu-se concurso público para a distribuição de 1950 fogos, tendo havido na altura 4524 candidatos concorrentes.

Neste ano, Noel Azevedo Cunha é presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho, Vicente António Soares secretário, e Joaquim da Silva tesoureiro.

1965

Carlos Almeida entrega ao filho, José Rodrigo Inácio de Almeida a casa de queijadas da Casa do Preto


Construção por Augusto Alfredo Pais do Parque Industrial das Galegas, em Montelavar

Américo Nunes vence o Rali das Camélias.
Criada em Vale Flores, S.Pedro, a fábrica da Inapa

Que mulheres!” vai à cena no teatro do Sintrense, na Estefânea.

Volta a organizar-se o Carnaval do Mucifal, sendo do júri Natalina José, Leite Pereira, Nunes Correia e Fernanda Baptista, entre outros. 

Grupo de Arquitectos Paisagistas na Serra de Sintra 1965 (autor desconhecido). À esquerda, Gonçalo Ribeiro Teles

Março

21-António Calvário e Paula Ribas actuam na Tuna Operária de Sintra.

Inaugurada a nova sede da Junta de Freguesia de Belas.

Nos Limpos, no Mucifal, decorre uma “Noite de Estrelas”, com José Castelo, Fernanda Baptista e Mariette Pessanha, entre outros.

Abre o Hotel Miramonte, em Colares, com gerência de José Alberto Araújo Pereira.

Abril

15-Tony de Matos actua no Colarense.

19-Testemunho do apego a Sintra e homenagem a sua capacidade realizadora, é erigida em honra de Alfredo da Silva uma estátua da autoria do escultor Leopoldo de Almeida, colocada em Albarraque, na rotunda fronteira a entrada principal da “Tabaqueira” e, arruamento de acesso ao bairro dos funcionários  da empresa.
24- Inaugurado o posto da GNR de Mem Martins

Burricada no Parque da Liberdade

Junho

18-Vindo do Ultramar, é apoteoticamente recebido em Galamares Hélder José Martins, com homenagem no salão local.

27- O grupo cénico do Mucifal, dirigido por David Tomás, encena “Raça”.

Maria Rita Albuquerque Baptista é professora primária em Galamares.

Julho

30-IX Festival de Sintra. Ver video abaixo.

31- No âmbito do IX Festival de Sintra, a Casa da Comédia apresenta teatro de Gil Vicente.

Agosto

16-IX Festival de Sintra, encerrado pelo presidente Américo Tomás a 1 de Setembro com a actuação da The Natural Youth Orchestra, do Reino Unido.

Em Gondomar, Cipriano Raio sagra-se campeão nacional de tiro.

Descerrado no Parque da Liberdade um busto de Artur Anjos Teixeira, da autoria do seu filho Pedro.

Setembro

18- Pelo decreto 43920 Queluz é elevado a vila


25-Américo Tomás inaugura o Grémio da Lavoura de Colares.

25-Inaugurada a luz eléctrica na Assafora

Fernando Moreira é maestro da Banda de Colares

Novembro

26-Numa mata em Belas, nos arredores de Lisboa, militantes antifascistas( Francisco Martins Rodrigues(foto abaixo), João Pulido Valente e Ruy d’Espiney) executam a tiro um informador da PIDE, Mário Mateus. Os autores foram meses depois presos pela PIDE e condenados a longas penas de prisão, embora o 25 de Abril lhes tenha aberto as portas do forte de Peniche. Em 1965, os intervenientes directos nesse episódio – entram clandestinamente em Portugal, vindos de Paris, onde haviam criado no ano anterior a FAP, Frente de Acção Popular.

A nova piscina da Praia Grande. Ver video em baixo:

Dezembro

11- O Colarense promove uma noite yé-yé com os Diamantes Negros.

No reveillon do Hotel das Arribas actuam Toni de Matos, Mariema, e Humberto Madeira, apresentados por Armando Marques Ferreira.

Sarau de Ginástica no Atlético Clube de Queluz

23-Acidente ferroviário em Sintra com o choque de 2 comboios, um de passageiros e outro de mercadorias, provoca 18 mortos, entre a Portela e Mem Martins 

Neste ano abrem a estalagem Gruta do Rio, em Rio de Mouro, o Hotel de Vale de Lobos e o Hotel das Arribas, na Praia Grande

No Natal de 1965 abateram-se no matadouro de Sintra 116 reses, 4 cavalos, 129 vitelas 80 porcos e 415 borregos.

 Court de ténis no Parque da Liberdade

1966

Janeiro

Abre remodelado o Cynthia Café, junto à estação da CP de Sintra, com projecto do arq. Luís Curado, das Lameiras.

Fevereiro

Inaugurada a agência do Banco Burnay em Pêro Pinheiro.

Março

1-Rali das Camélias. Ver video abaixo.

José António de Araújo é presidente do HCS (Hóquei Clube de Sintra)

Abril

29-Bénard da Costa ministra um curso de iniciação ao cinema no Palácio Valenças, exibindo Citizen Kane.

Maio

5-Inauguração das piscinas da Praia Grande, no Hotel das Arribas.

Junho

16-Neste domingo realiza-se na Praça do Campo em Lisboa, uma corrida de touros, organizada por iniciativa do grande aficionado, João de Castro, cujo produto reverte a favor do Orfanato Escola Santa Isabel, sediado em Albarraque.

Um  cavaleiro do cartel,  Joaquim José Correia, popularmente conhecido por  Quinzé natural de Évora, com casa no concelho de Sintra, onde os pais possuíam propriedades, nas quais os seus cavalos eram assistidos, montou o melhor cavalo da sua “quadra” denominado “Tirol”. Quando lidava um touro “Rio Frio”, o cavalo resvalou na areia da praça, molhada pela chuva e o cavaleiro caiu sob a montada, sendo depois colhido, brutalmente, pelo novilho. Conduzido ao Hospital de São José não resistiu às lesões, e faleceu cerca das oito horas da noite, no dia que completava vinte e um anos de idade. A Câmara Municipal de Sintra, por proposta da Junta de freguesia de Rio de Mouro, deliberou atribuir  o nome do desditoso cavaleiro a um largo em Albarraque.

Inauguração do posto da GNR de Pêro Pinheiro.

Agosto

Inauguração da Estrada Várzea de Sintra-Fachada.

A banda de Pêro Pinheiro ganha 3º lugar no concurso de bandas em Kerkrade, na Holanda.

Setembro

Incêndio na serra de Sintra provoca 25 mortos entre os militares que o combateram. 

O grande fogo da Serra de Sintra dá-se a 6 de de setembro de 1966 e destruiu grande parte da serra, tendo morrido 25 militares do Regimento de Artilharia Anti-Aérea Fixa de Queluz (RAAF) que estavam a combatê-lo. Neste incêndio de grandes dimensões foram mobilizadas vários militares e todas as corporações de bombeiros de Lisboa – estiveram no terreno mais de quatro mil homens. Mas nessa altura não havia meios aéreos para resolver, nem carros com tração às quatro rodas, nem depósitos de grande capacidade ou bombas de grande débito. De facto, só a chuva apagou o fogo.

As chamas irromperam na Quinta da Penha Longa, e depois alastraram à Quinta de Vale Flor, Lagoa Azul e Capuchos – e também dessa vez foi o vento forte o responsável pelo alastrar das chamas. O incêndio atingiu as zonas perto dos monumentos históricos, Palácio de Seteais, Monserrate e o Parque da Pena.

Nessa altura as projeções do fogo causaram mais focos de incêndio em Albarraque, Cacém, Colares, Gouveia, Magoito, Mucifal, Pinhal da Nazaré, Praia Grande e Praia das Maçãs.

Outubro

24- Feira das Mercês

25- Fundado o rancho folclórico As Lavadeiras do Sabugo

No Hotel das Arribas, no reveillon, actuam Paula Ribas e José Viana, entre outros.

Foto curiosa, 1966

1967 

Janeiro

1-Fundação da União Recreativa das Mercês

Fevereiro

25-Encontro de Dirigentes Sindicais em S. Pedro (ver video abaixo)

Abril

Inauguração do mercado de Mem Martins 

Maio

Anunciado um telefone público para a estação da CP de Sintra.

20-Américo Tomás visita o bairro da Tabaqueira em Albarraque. Ver video abaixo

Junho

17- Circuito da Granja


Rogério de Freitas, Leão Penedo, Fernando Namora e Vergílio Ferreira em Fontanelas (anos 60)

28-Concerto de música barroca na Igreja de Santa Maria

Julho

14- Inauguração do Café e Pastelaria Bibió, de Julieta Sequeira Paulo, na Praia das Maçãs.

O Bibió

27- Candida Cunha expõe Motivos Sintrenses. Ver video abaixo.

Agosto

O grupo Tivoli adquire o Hotel Nunes, na Vila, para erigir um novo hotel. 


Setembro
2-Inauguração do Posto de Turismo da Praia das Maçãs

9-Encerramento da 11ª edição do Festival de Sintra com a ante estreia de Fedra, de Racine, com interpretação de Amélia Rey Colaço (ver video abaixo)

Outubro

Inaugurada a carreira Albarraque-Sintra.

Novembro

19-Inaugurada a nova sede de “Os Aliados” em S. Pedro (a actual)

25 -Cheias na zona de Lisboa afectam Cacém, Belas e Queluz provocando vários mortos na região de Sintra.

Na noite de 25 para 26 de novembro de 1967 mais de 500 pessoas morreram numa enxurrada que arrasou as zonas mais pobres da região de Lisboa e Vale do Tejo. No concelho de Sintra registaram-se centenas de mortes e Queluz foi um local mártir, e ainda hoje não se sabe ao certo quantas pessoas morreram nas cheias de 1967.

Em Queluz, e segundo relatam alguns testemunhos, “o grande impacto das cheias em Queluz começou mesmo em Belas; o mercado de Belas estava no enfiamento da corrente de cheia, a parede de fundo fez de tampão acumulando água até rebentar, potenciando a enchurrada que arrasou tudo à sua passagem”, diz Fernando Cerveira na página “Queluz Antiga”.

Nos dias seguintes, foram recolher e distribuir roupas, alimentos e móveis. Alguns foram ajudar as populações “que acatavam os seus mortos em frente ao Palácio de Queluz”. “

Na Ponte Pedrinha, em Queluz, um prédio desabou e causou mortos. Aliás, a força do Rio Jamor trouxe a desgraça à baixa de Queluz, e muitos corpos que o rio trazia, nunca foram recuperados, daí que, ainda hoje não se saiba ao certo quantas pessoas morreram em Queluz nas cheias de 1967.

Cheias em Queluz

Fundação do Grupo Coral de Queluz

1968

A gestão dos jardins de Monserrate passa a ser da responsabilidade da Direcção-Geral das Florestas. 

                                Sintra nas notas de 50 escudos de 1968

Reconstrução da fonte extra-muros no Convento da Trindade, que havia sido destruída pela queda de uma árvore de grande porte.

Revestimento do torreão principal do Palácio da Pena.

Janeiro

10-Morre aos 67 anos o presidente da Câmara D. António Corrêa de Sá, visconde de Asseca. Foi presidente de 1961 a 1968, vereador de 1947 a 1960,testamenteiro de D. Manuel II e sua esposa Augusta Victória e chamberlain da rainha D. Amélia já no exílio.

28-Inaugurada a iluminação pública em Sacotes.

Fevereiro

Aprovado pela CMS o anteprojecto do novo liceu de Sintra, na Portela, posto a licitação por 6252 contos e adjudicado a Luís Romão.


Março
9- Abre em Mem Martins a alfaiataria Lucanda 

11-Gincana da Praia das Maçãs

Abril

Nomeado presidente da Câmara o coronel Joaquim Mendonça Duarte Pedro, antigo governador de Cabo Verde 

20-Depois de prestar provas, Joaquim Simplicio dos Santos passa a cirurgião diplomado.

28- Morre Filipe Gameiro Pereira, árbitro e fundador do Clube Desportivo de Belas

Junho

17- Morre a pintora Milly Possoz

Emília Possoz, filha de pais belgas, nasceu nas Caldas da Rainha a 4 de Dezembro de 1888. Ainda em criança mudou-se para Lisboa, onde frequentou o Colégio Alemão. Na sua formação artística, foi discípula da pintora Emília dos Santos Braga, tendo continuado os estudos em Paris, desde 1904. Passou também pela Alemanha, onde aprendeu gravura com Willy Spatz, pela Holanda e pela Bélgica. Regressada a Portugal em 1909, integrou o movimento modernista, tendo participado nas Exposições de Humoristas e Modernistas, sendo também das poucas artistas da sua geração a organizar exposições individuais. Colaborou como ilustradora em numerosas publicações, como as revistas ABC, Athena, Contemporânea, A Ilustração Portuguesa, entre outras. Viveu em Paris entre 1922 e 1937. Nesse ano, com a sua participação na exposição de Gravura Francesa, realizada em Cleveland, nos Estados Unidos, recebeu uma medalha de ouro e algumas das suas obras foram adquiridas pelo Museu dessa cidade. Regressada a Portugal, colaborou na decoração do pavilhão do Japão da Exposição do Mundo Português (1940). Em 1956, colaborou com a Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses. No ano seguinte (1957), conheceu o coleccionador de arte Machaz, que lhe encomendou vários quadros para a decoração do Hotel Tivoli. Foi autora do programa decorativo do Livro da segunda classe (1958). Faleceu em Sintra, onde vivia desde a década de 40, a 17 de Junho de 1968.

Electrificação do parque de jogos do 1º de Dezembro.

27-A Tuna Recreativa Mucifalense leva à cena “O Morgado de Fafe Amoroso”.

Julho

Praia Grande

Inaugurada em S. Pedro a Adega-Bar dos Arcos, de José Lopes.

14-Inaugurada a luz eléctrica e água canalizada em Campo Raso.

Agosto

Durante 3 dias falta a água em Sintra.

Almada Negreiros no Castelo dos Mouros, anos 60

Jornal de Sintra refere que jogar as cartas nos comboios da CP se tornou uma moda, mais parecendo estes autênticos casinos…

Os jardins de Monserrate passam para a gestão da Direcção-Geral das Florestas.

4-Inaugurada a luz eléctrica na Ulgueira.

17-12ª edição do Festival de Sintra. Atua, entre outros a Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional (ver video abaixo)

28-Festa de despedida de Pompílio Silvestre no HCS.

Setembro

4-Festa milionária em Colares, na Quinta Schlumberger.

 


Ver video abaixo:

6- O Ten. Cor. Saldanha Fonseca é presidente do Sport União Sintrense.

19-No Carlos Manuel, Carlos Avilez e o TEC apresentam Bodas de Sangue

20-Depois da queda de Salazar da cadeira, a Câmara de Sintra manda rezar uma missa na igreja de S. Martinho pelo seu pronto restabelecimento.


José Gomes Ferreira, Augusto Abelaira e Carlos de Oliveira na casa de Albarraque (anos 60/70), projectada por Raul Hestnes Ferreira.

1969

Augusto Krusse Afflalo  escreve Rio de Mouro, Rinchoa, Mercês, Algueirão, Mem- Martins. Lisboa: Laboratório Normal

Francisco Cordeiro Baptista comandante dos Bombeiros Voluntários de Sintra 

Março

23-Inaugurado o posto de correios de Mem Martins.

Maio

6-Inaugurado o posto de correios de Rio de Mouro.

Obras na Ribeira de Sintra

10-Inaugurado o novo Grémio da Lavoura de Sintra.Ver video abaixo

Junho 
20-Criado o Grupo Recreativo do Pendão

24-I Feira Industrial e Agro-Pecuária de S. João das Lampas.

Conclusão das obras na Barragem do Rio da Mula.

Julho

3- O coronel Duarte Pedro demite-se de presidente da Câmara de Sintra.

6- Abre ao público a ponte sobre o rio de Colares, junto ao Cantinho da Várzea.

12-Inaugurado o novo posto clínico de Pêro Pinheiro.Inaugurada a antena de televisão de Janas.

19-Realiza-se o circuito da Granja do Marquês

Setembro

13-Francisco Hipólito Fonseca presidente do Sintrense

21-José Hermano Saraiva, ministro da Educação inaugura o novo liceu da Portela de Sintra, projeto da arquiteta Maria do Carmo Matos

Concluídas as obras da Ponte Redonda, em Galamares

Outubro

6- No Cineteatro Carlos Manuel, Bénard da Costa e Lindley Cintra orientam uma sessão de propaganda da oposição democrática.

22-Comício da Oposição Democrática (CEUD) no Carlos Manuel, com Gustavo Soromenho, Salgado Zenha, Sousa Tavares, Mário Soares, Sargo Júnior e Armindo Rodrigues.

26- Eleições: União Nacional 6143 votos (33,5%);CEUD 337 (2,1%)CEM 41 (0,2%) CDE 1904 (10,4%) 
27-Sintra elevado a concelho de 1ª classe (DL 49322)Novembro

Américo Tomás inaugura bairro da fundação Gulbenkian na Venda Seca.

Inaugurado o parque de campismo de Almornos

Sede do Clube Atlético de Queluz

1970

Carlos Alberto de Matos Alves escreve Rochas Filonianas da Região Leste do Maciço de Sintra.

João José Fernandes Gomes escreve  Duas Novas Estações Pré-históricas na Região de Sintra. Lisboa


Janeiro

António Pereira Forjaz é nomeado presidente da Câmara Municipal de Sintra.

Antigo presidente do histórico clube local Sport União Sintrense e figura da vida local, exerceu o cargo de Presidente da Camara de Sintra a partir de 1969. Durante o seu mandato, que durou até ao 25 de Abril de 1974, é inaugurado o Bairro Administrativo de Queluz e o posto de turismo do Cabo da Roca, a luz elétrica em S. Marcos, as novas instalações da Biblioteca de Sintra no Palácio Valenças, o posto de correios da Praia das Maçãs. Nessa altura ganham regularidade os Encontros de Sintra. António José Pereira Forjaz foi ainda responsável pela criação do Museu Ferreira de Castro  em plena Vila Velha de Sintra

Foi sido ainda responsável, pela primeira fase da criação do Festival de Sintra  e pelo renascimento do Instituto de Sintra, do qual foi igualmente presidente. Em sua homenagem, foi construído o Campo de Futebol António José Pereira Forjaz , da equipa local do Grupo União Recreativo Desportivo MTBA, fundado em 1972. Morreu em 1985.

2-Inaugurado o Bairro Administrativo de Queluz.

Victor Casul presidente do Colarense.

O Conde de Sabrosa é presidente da Comissão Municipal de Turismo.

Guedes Vaz é presidente do Sport União Sintrense. 

Março Américo Nunes em Porche 911-S vence o Rali das Camélias.

Carlos Santos vence a Rampa da Pena.

Maio 

30-Inaugurado o posto de turismo do Cabo da Roca. 


Junho

Inauguração da luz eléctrica em S.Marcos. O Presidente da Câmara Municipal de Sintra António Pereira Forjaz, acompanhado de alguns vereadores, pelo administrador do Bairro de Queluz e técnicos das Companhias Reunidas de Gaz Electricidade, distribuidora de electricidade no Concelho, foram recebidos com aplausos de muito publico, salvas de foguetes e morteiros ; imediatamente se procedeu a ligação da corrente eléctrica.

II Feira Industrial de S. João das Lampas.

Agosto

Restaurante Camarão, em Colares

Inauguração das novas instalações da Biblioteca de Sintra no Palácio Valenças.

20-Inauguração do posto de correios da Praia das Maçãs.

Setembro

7-Inauguração do restaurante “ O Apeadeiro”, em Sintra.

Encerra o Museu Paula Campos, nas Azenhas

23- A RTP emite um documentário com o campeão de hóquei em patins António Raio. Ver video abaixo

Novembro

16-O ministro Rui Sanches visita o local onde se irá construir o bairro de Mira Sintra


28- Criada pela portaria 481/70 a repartição de Finanças de Queluz 

1971

Natália Correia Guedes publica O Palácio de Queluz, Livros Horizonte

Joaquim Agostinho vence o I Prémio Internacional de Sintra
Fundada na Abrunheira a fábrica da Puratos


Janeiro

12- Morre na Casa de Saúde do Telhal, José Pereira Ferraz, fundador da Associação de Caridade de Sintra.
19- Morre o arquitecto Faria da Costa, nasceu em Sintra em 1905

Fevereiro

5-O governador civil de Lisboa, Afonso Marchueta, recebe uma delegação de Pero Pinheiro

Abril

A FNAT (Federação Nacional para a Alegria no Trabalho) organiza um serão para trabalhadores em que participam entre outros Maria João Pires e Manuel Lereno.

Américo Tomás visita as obras da renovação da linha de Sintra.

Maio

Nos Encontros de Sintra participam Lagoa Henriques, Francisco Costa e António Quadros, entre outros.

António Raio é presidente do Hockey Club de Sintra.

26- 4º Rali da Tabaqueira

Junho

18-O Decreto-Lei n.º 265/71, de 18 de Junho, estipula uma zona de protecção de 50m em redor do edifício da Cadeia Comarca de Sintra.

20-Morre Mário Travassos Valdez, ex-colaborador do Jornal de Sintra e ex-vereador.

Julho

Lenita Gentil, Gina Maria, Hermínia Silva actuam no Cineteatro Carlos Manuel.

Francisco Cardoso Salgado é presidente da comissão de Sintra do partido único, a ANP (Acção Nacional Popular).

A 34ª Volta a Portugal em Bicicleta passa em Sintra, ganhando a etapa Colares-Pena Joaquim Agostinho.

Agosto

15-15º Festival de Sintra, onde atuam Lopes Graça e Nela Maissa, entre outros.(ver video abaixo)

17- Exposição em Sintra de Domingos Saraiva

Setembro

1- Festa árabe na Quinta do Relógio

19-Marcelo Caetano visita Sintra (Queluz).

Outubro

Sequeira Costa e Maria Germana Tânger participam nos encontros de Sintra.

Viana da Mota é homenageado em Colares, onde viveu na infância.

28- A Escola Industrial e Comercial de Sintra passa separa-se em 2: Ferreira Dias e Gama Barros

Novembro

15-Fundado o Espeleo Clube de Sintra, com sede na R. José Bento Costa nº9, durou até 1977.Fundado por Alexandre Morgado, Manuel Mourato Vermelho e Francisco Páscoa de Oliveira

João Pimenta inicia a urbanização intensiva na zona de Sintra com as construções J. Pimenta.

Dezembro

31- Morre o dono da “Camélia” Júlio Pinto Tavares

1972 


Vereação da Câmara:Conde de Sabrosa, João Justino, Eduardo Galrão Jorge,Francisco Cordeiro Baptista, Francisco Duarte Filipe, Rui Villas Boas. Carita Silvestre (abaixo) vice presidente.

Eduardo Rodrigues Cardoso é administrador do Bairro Administrativo de Queluz. 
Criado o Centro de Espeleologia de Exploração Subterrânea

Manuel Rio Carvalho publica O Palácio da Pena, edições SNI
Sintra inaugura um serviço de bibliotecas itinerantes
Jesus Franco filma em Sintra “Drácula contra Frankenstein”

Francisco Cordeiro Baptista é presidente dos Bombeiros Voluntários de Sintra.

Na Junta de S. Martinho Noel Cunha é presidente, Silvino Freitas secretário e António Conceição Baptista tesoureiro. 

Janeiro
20- Inaugurado o dispensário materno- infantil, na R. Miguel Bombarda, Sintra
27- Os comboios de Sintra passam de 95 para 148
Guedes Vaz presidente do Sintrense 
Por esta altura, 200.000 turistas visitam o Palácio da Pena (1971)
Fortunato Santos Limpo presidente dos Bombeiros de Colares


Março
12- Inaugurado um monumento aos Bombeiros no cemitério de Colares
Guilherme Tomás Firmino presidente da SRM Almoçageme 

16-Um jantar assinala os 50 anos de vida literária de Oliva Guerra. Ver video abaixo

Maio
4- Decorrem no Palácio Valenças os II Encontros de Sintra, com Hernâni Cidade, Tânia Achot, Vitorino Nemésio,(palestra a 24 de Maio no Valenças) Jorge Listopad entre outros.

7-Inaugurado o quartel dos Bombeiros Voluntários de Colares, sendo comandante Henrique Lopes.

Inicia-se a urbanização de Rio de Mouro, a cargo da empresa Urbanil.

Junho 
1- O Hospital de Sintra passa a ter serviço médico permanente
3- Inaugurada cantina na firma J. Pimenta

3- Joaquim Agostinho vence o Grande Prémio de Sintra. Ver video abaixo.

Rui Cunha é provedor da Santa Casa da Misericórdia de Sintra(até 1998) 

Julho

7- A portaria 374/72 extingue a Cadeia de Sintra. 
31- Fundado em Mem Martins o Arsenal 72

Agosto

2- Inicia-se a distribuição de cerveja em garrafa da cerveja Cergal e a 20 Novembro, em barril. No fim de 1972, trabalhavam na Venda Seca, 394 empregados efetivos e 25 eventuais total de 419, pessoas, maioritariamente residentes nos arredores.


8-XVI Festival de Sintra

A imprensa relata a falta de água persistente em Sintra no Verão
16-Incêndio nas Mercês mobiliza 350 bombeiros
19-É inaugurada a central de betão da firma Duartes.
Avelino Sousa Gl presidente da SUS  

Setembro
3-Grande Prémio de Sintra de Ciclismo

10- Realiza-se um cortejo de oferendas a favor do Hospital de Sintra. 
20- Palestra de Jorge Listopad no Palácio Valenças
20- O governador civil de Lisboa, Afonso Marchueta, inaugura melhoramentos viários no concelho de Sintra
23-Nos Bombeiros de Colares a companhia Proscenium, dirigida por Pedro Lemos, leva à cena a peça “Peraltas e Sécias”

23-É fundado o Centro Especial de Exploração Subterrânea (CEES), por Francisco Páscoa de Oliveira, Joaquim Pitorro e Mário Coruche

25-Ricardo Graça preside á concelhia da Acção Nacional Popular(que inclui Matos Manso e Viana Ruas, entre outros)


Outubro
21- Fundação da cooperativa de habitação Coopalme 


Novembro
2- Abre o posto da “Caixa” em Mem Martins
16-Morte de José Parracho Filipe


Dezembro

2- Morte de Carlos Almeida, fundador da Casa do Preto, em S. Pedro
8-Inauguração da luz eléctrica em Aruil

Neste ano surge a primeira revista do Grupo Desportivo de Fontanelas e Gouveia, “Novas Sementes”

Praia das Maçãs, empreendimento da ORBITUR

1973

De Anselmo Braamcamp Freire é publicado Brasões da Sala de Sintra. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda

Alexandre Morgado escreve Grutas de Sintra. Lisboa: Oficinas Gráficas da C.N.E.

Reparações exteriores e construção de instalações sanitárias na Sacristia na Igreja de Santa Maria.
A escritora Anne Hampson escreve Blue Hills of Sintra

Campanha de prospecções e sondagens efectuadas na estação arqueológica de Santa Eufémia por Gustavo Marques.

Janeiro

4-Américo Tomás recebe em Belém uma delegação de Sintra. Ver vídeo abaixo.

6-Inaugurada a luz eléctrica em Manique de Cima.

Fevereiro 
17-No XVIII Rallye de Sintra vence Luís Neto em 124 Spyder
23- Morre o Engº Carlos Santos, antigo presidente da Câmara 

25-Inaugurada a luz eléctrica em Albogas. 
António Carraça da Silva é presidente da Liga dos Amigos da Rinchoa

Março
3- Morre o professor José Roda

19-Abre a drogaria Roneberg, na Estefânea, Sintra.

Abril

3-Ferreira de Castro doa o seu espólio a Sintra. 

A instituição do Museu Ferreira de Castro no casal de Santo António, localizado na Rua Consiglieri Pedroso, em plena “Vila Velha”, foi formalizada em 3 de abril de 1973, em consequência da doação feita pelo escritor do seu espólio ao Povo de Sintra, ficando a Câmara Municipal como fiel depositário.

Tendo Ferreira de Castro manifestado o desejo de que os seus restos mortais permanecessem em Sintra – como veio a suceder –, aceitou de bom grado a sugestão de «dois notáveis escritores, sintrense um, outro lisboeta, a quem a biblioteca da vila por nós amada prestava bons serviços para as suas pesquisas culturais», no sentido de que essa doação se fizesse. Trata-se de Francisco Costa, então diretor da Biblioteca Municipal, e Alexandre Cabral, que tinha na Camiliana de Sintra um apreciável acervo bibliográfico e documental para o desenvolvimento da sua investigação.

Grande mentor desta ideia foi, também, o então presidente da Câmara, António José Pereira Forjaz, que em reunião de Câmara de 18 de abril desse ano, leu em voz alta o texto da doação, aprovada por unanimidade e aclamação.

Em consequência do trabalho da Comissão Instaladora, integrada por Elena Muriel, viúva de Ferreira de Castro, Alexandre Cabral, Álvaro Salema e José Alfredo da Costa Azevedo, o Museu abriu as portas em 6 de junho de 1982.

Francisco Costa, Elena Muriel, Ferreira de Castro e António José Forjaz


12- Os Baetas abrem um supermercado na Estefânea
25-Morre Edgar Bragança Soares, comandante dos Bombeiros de Sintra e antigo campeão do mundo de hóquei em patins

A Comarca de Sintra sobe a 1ª classe.

Maio
11-Morre o radialista José de Oliveira Cosme, natural de Almoçageme

14-A luz eléctrica chega a Faião, Casais, Silva e Cabrela.

31-Decorrem os III Encontros de Sintra. Ver video abaixo.


Junho
7-O príncipe  Filipe de Inglaterra visita Sintra. Ver video abaixo.


12-Inaugurada na Rinchoa a R. dos Girassóis
16- Visita a Sintra da Associação Regional do Sul da Imprensa Não Diária

19-Concurso de vestidos de chita das Mercês e Rio de Mouro. Ver vídeo.

21-Duarte Ivo Cruz profere uma palestra no Palácio Valenças sobre Perspetivas do Teatro Português
22-Fogo na serra, entre Malveira e Biscaia  

Julho

5-Fundado o Grupo Folclórico de Belas

6-O arquiteto Costa Martins profere no Palácio Valenças uma palestra subordinada ao tema “A Arquitetura e o Design”

14-O Grupo Desportivo das Mercês passa a designar-se Grupo Desportivo de Rio de Mouro, Rinchoa e Mercês

29-Inauguração do campo de jogos do MTBA.

Agosto

3- Francisco Branco Catalão comandante dos Bombeiros Voluntários de Sintra 
20-XVII Festival de Sintra
Demitidos 31 bombeiros de Mem Martins que pediram a demissão do comandante 

Setembro

29-Os bens da extinta Associação de Caridade de Sintra são integrados na Misericórdia de Sintra. 
29- Luz eléctrica em Pernigem, Aldeia Galega, Chilreira, Codiceira, Sacário, Fachada e Rio de Cões

Outubro 
4- Criada a Escola Visconde de Juromenha
6- Abre o posto de correios do Sabugo

29-Abre o café Académico, na Portela de Sintra.

Novembro

10-A luz eléctrica chega a Godigana e Carne Assada.

É extinta a Associação de Caridade de Sintra revertendo os seus bens para a Misericórdia. 
18-Inaugurado o campo de futebol de Rio de Mouro

Hermínio Braga Varandas é presidente do Sintrense

Dezembro 
29- É inaugurada a sede da Junta de freguesia de Mem Martins, oferta da Beirobra

31-Encerra a papelaria “Camélia” de Júlio Pinto Tavares, na Vila Velha.

Neste ano, José Valentim Lourenço encena em Fontanelas a revista “Criada provinciana”

Publicada a brochura “Grutas de Sintra” do Espeleo Clube de Sintra

O malogrado cantor António Macedo, José Cardim Ribeiro e Vítor Serrão em 1973

1974 

Salette Tavares publica Dois Jardins de Sintra. Estética do Romantismo em Portugal.

José-Augusto França escreve Folhetim Artístico. [200], O Caso do Hotel Nunes em Sintra

A. V. Pinto Coelho  escreve Tectónica Comum na Génese dos Maciços de Sintra, Sines e Monchique
Inaugurado o campo de futebol do Ginásio 1º de Maio, em Agualva Cacém

Entra em funcionamento o Centro Operacional de Satélites em Alfouvar, perto de Negrais


Janeiro 
5- Abre o restaurante Ad Hoc, de Francisco Catalão
12-Inauguração da sede da Liga dos Amigos da Rinchoa
13-Festa dos Avós em S. Pedro, onde Marcelo Caetano participa como “avô” 

20- O Ministro do Interior, Moreira Baptista, visita Sintra.

26-Francisco Cordeiro Baptista administrador do Bairro Administrativo de Queluz

O bacalhau custa por essa época trinta escudos o quilo (15 cêntimos).

Fevereiro

O Grupo Dramático do Mucifal leva à cena nos Bombeiros Voluntários de Colares a peça “Recordar é Viver”.

António Casul Reis é presidente do Sport União Colarense.

IV Encontros de Sintra.

 
Março
1- Entrada em funcionamento do Centro de Saúde de Sintra, dirigido por Aires Gouveia

António Nunes é treinador do Sintrense


Abril
2-Visita a Sintra do Lord Mayor de Londres, Sir Hugh Wontner 

27- O Jornal de Sintra, editado dois dias depois do 25 de Abril, só tem oportunidade, devido ao «fecho do jornal» daquela semana, de publicar uma pequena notícia intitulada «O Golpe de Estado – sem derramamento de sangue – realizado pelas Forças Armadas».

30- A Câmara Municipal de Sintra reúne-se extraordinariamente e delibera enviar à Junta de Salvação Nacional o seguinte telegrama: «Câmara Municipal de Sintra reunião extraordinária hoje resolveu por unanimidade saudar Forças Armadas e Junta de Salvação Nacional e manifestar seu propósito total colaboração desempenho suas funções mantendo perfeita normalidade todos os serviços municipais».

Maio

1-O primeiro grande acontecimento vivido em Sintra, na sequência do Movimento das Forças Armadas, ´´e a comemoração do 1.º de Maio, «Dia do Trabalhador». Naquele dia, de manhã, um milhar de sintrenses de todas as idades e categorias sociais reúnem-se na Vila Velha, no largo fronteiro ao Palácio Nacional de Sintra, (que mais tarde, por iniciativa de José Alfredo da Costa Azevedo, foi denominado Terreiro Rainha D. Amélia), de onde partem em entusiástico cortejo cívico.

Antes do cortejo se iniciar faz uma breve alocução José Alfredo da Costa Azevedo, conhecido anti-fascista. O cortejo, serena, ordeira e disciplinadamente, percorre a Volta do Duche, Largo Dr. Virgílio Horta, onde para em frente aos Paços do Concelho, Rua Dr. Miguel Bombarda, Largo Afonso de Albuquerque, Av. Heliodoro Salgado, Largo Dr. António José de Almeida, Avenida da Aviação Portuguesa até Lourel, de onde voltou para percorrer a Rua D. Francisco de Almeida, Av. Francisco Ulrich e, finalmente, a Rua José Bento Costa, onde termina. Aqui usam da palavra, entre outros, Maria da Graça Forjaz de Sampaio e António Carvalheiro.

Encabeça o cortejo um «jeep» da Polícia Aérea enfeitado com cravos vermelhos, seguido por uma fileira de elementos da Polícia Aérea da Base Aérea n.º 1 que ostentam flores vermelhas nos dólmans camuflados e nas armas. Associam-se à manifestação outros sintrenses que das janelas e varandas das suas casas saúdam igualmente.

8-A Câmara Municipal de Sintra realiza no dia 8 de Maio de 1974 a sua habitual reunião.

9-Registam-se lutas laborais na Messa

Fábrica de máquinas de escrever fundada no final da década de 50, com instalações em Mem-Martins, a MESSA era uma empresa nacional com características de funcionamento e acentuadas dependências “multinacionais”. Apoiando-se em research norte americana, tinha capacidades próprias de desenvolvimento e concepção de produtos, mas dependia do mercado internacional para a sua comercialização, exportando mais de 80% da produção. Nos primeiros anos da década de 70, era o maior empregador do concelho de Sintra, com cerca de 1.600 pessoas, das quais cerca de 400 jovens operárias “não qualificadas”, na secção de montagem

Os trabalhadores começam por se identificar com a luta prosseguida pelos sindicatos metalúrgicos desde antes do 25 de Abril em prol do “salário mínimo digno de 6.000$00 [seis mil escudos]”. Quando, a 9 de Maio de 1974, se aprovam em plenário várias propostas, além desse objectivo comum do sector, aponta-se contra as “prepotências dos chefes”, recusam-se aumentos das cadências de produção, declara-se “guerra aos prémios e horas extraordinárias” e reivindicam-se ainda as 40 horas de trabalho semanal e a interdição de despedimentos repressivos.

No dia 14 é eleita uma “comissão operária permanente” que, logo de seguida subscreve um caderno reivindicativo onde se desenvolvem as propostas anteriores, entregando-o à Administração.

No dia 16, após uma reunião infrutífera entre as partes, tem início a greve com ocupação que durará 12 dias, com ocupação das instalações que se vai manter até 28 de Maio. No dia 19 vai ser publicado o primeiro número do Jornal do Trabalhador da Messa. Na edição do dia 22 encontramos uma declaração de princípios que reflectem o nível de consciência dos trabalhadores. Reproduzimos apenas parcialmente estes textos:

(…) Estamos plenamente convictos que só haverá autêntica liberdade entre os Homens, quando o cancro da ganância, da inveja, da vigarice, do conceito de superioridade, haja desaparecido da face da Terra.

Os grevistas participam ativamente nas tarefas de ligação, transportes, receção, segurança, vigilância de entradas, recolha de fundos e abastecimento. Divulgam um comunicado ao proletariado de Mem Martins (dia 18) e publicam 2 números do Jornal do Trabalhador da Messa. Nestes documentos, transparece a preocupação do controlo pela acção das bases sobre os representantes eleitos, destacam-se depoimentos de trabalhadores e notícias de greves em outras fábricas.

O fim desta luta, a 27 de Maio, coincide com o culminar da campanha anti-greve, e a aceitação pelo sindicato metalúrgico do salário mínimo de 4.500 escudos. Na MESSA, obtém-se um salário mínimo de 5.500, cedendo num horário de 45 horas. Mas, a sua maior vitória terá sido a drástica redução do leque salarial, beneficiando substancialmente as categorias mais mal pagas, o que corresponde a um enorme peso no sentido da unificação da classe.

A luta ainda se reacende em Setembro de 1975, com a ocupação da fábrica, contestando um “plano de viabilização” então proposto. A MESSA teve, depois, uma vida atribulada, agravada pelas alterações tecnológicas e pela evolução dos mercados internacionais, reivindicando-se, sem sucesso, a nacionalização e reconversão da empresa.

O papel da CT e a democraticidade de base do seu funcionamento, prolongou-se muito para além do período revolucionário de 1974. A empresa encerrou em 1985, reduzido o efectivo a umas centenas de trabalhadores e com quase um ano de salários em atraso.   

Em data que não foi possível precisar, é designado delegado da Junta de Salvação Nacional junto das câmaras municipais da margem norte do Distrito de Lisboa, o capitão Vítor Manuel Dias Ribeiro. No seio da Câmara Municipal começam a surgir profundas desinteligências, o que leva o então presidente , António José Pereira Forjaz, a solicitar à Junta de Salvação Nacional a sua demissão. Solicitam igualmente a demissão o vice-presidente da Câmara, tenente-coronel António Carita Silvestre e o administrador do Bairro Administrativo de Queluz, Francisco Cordeiro Baptista.

Depois de tomar conhecimento dos pedidos de demissão, o capitão Vítor Ribeiro, transmite-os ao delegado da Junta de Salvação Nacional junto do Ministério da Administração Interna, tenente-coronel Lemos Pires, que os aceita, o que conduz à eleição de uma comissão administrativa. Foi então convocada uma sessão pública para a sua designação.

20- No Palácio Valenças, em sessão pública, a que preside o capitão Vítor Ribeiro, delegado da Junta de Salvação Nacional junto dos municípios da zona norte do Distrito de Lisboa, é eleita a comissão administrativa responsável pela gestão do município até à posse da primeira câmara municipal democraticamente eleita pelos cidadãos recenseados no concelho de Sintra. Para além de inúmeros munícipes, comparecem cinco representantes de cada uma das 13 freguesias, que na altura constituem o concelho de Sintra, para elegerem a comissão administrativa. São então eleitos para a comissão administrativa os seguintes munícipes: José Alfredo da Costa Azevedo (S. Martinho), José Joaquim de Jesus Ferreira (S. Pedro de Penaferrrim), Dr. Aristides de Campo Fragoso (Santa Maria e S. Miguel), Dr. Lino Paz Paulo Bicho (S. João das Lampas), Jorge Pinheiro Xavier (Belas), arquitecto Fernando Cortez Pinto (Algueirão-Mem Martins), Eng. Álvaro Garcia de Carvalho (Colares), Manuel Monteiro Vasco (Rio de Mouro), Carlos Quintela (Queluz), António Manuel Carvalheiro (Montelavar), Manuel Maximiano (Terrugem) e Mário Barreira Alves (Agualva-Cacém). Não é eleito o representante da freguesia de Almargem do Bispo. Na mesma sessão é eleito presidente da comissão administrativa o munícipe José Alfredo da Costa Azevedo.

24-Os associados do Grémio de Sintra reúnem-se em assembleia, realizada no ginásio do Sport União Sintrense, que se enche por completo. Para dirigir transitoriamente o Grémio são eleitos: Vítor Manuel de Jesus Roneberg, de Sintra, João Manuel de Oliveira Carreira, de Algueirão-Mem Martins, Celestino Augusto Ruas, de Agualva-Cacém, Manuel Gameiro Jorge, de Rio de Mouro, Armindo Miranda Catarino, de Queluz, Miguel Duarte de Assunção Lavrador, de Mucifal-Colares, José António Pires, de Carenque-Belas, Armando dos Santos Alegria, de Pêro Pinheiro e Artur Viana Miranda, da Terrugem;

25-Reúne-se em Colares a comissão local da CDE, o partido que vinha da oposição democrática, intervindo José Alfredo Azevedo e Maria da Graça Forjaz

Junho

Valério Chiolas é designado presidente da Comissão Administrativa de Colares

11-Carlos Galrão preside aos Espeleoólogos de Sintra

12-A comissão administrativa é formalmente nomeada por portaria governamental de 12 de Junho,  tomando posse no Governo Civil do Distrito de Lisboa no dia 14, em acto presidido por Manuel Figueira, secretário-geral do Governo Civil, no exercício interino das funções de governador. Naquele dia não toma posse o vogal arquitecto Fernando Ascenção Cortês Pinto, por se encontrar ausente, é empossado, no dia 19, pelo presidente da comissão administrativa José Alfredo da Costa Azevedo.

19- A comissão administrativa realizou a sua primeira. Para além de tratar de um significativo número de assuntos que, entretanto, se tinham acumulado, procede à distribuição de pelouros e à nomeação dos presidentes das comissões municipais. Assim, o vogal Lino Paz Paulo Bicho assume a coordenação dos pelouros dos monumentos, turismo e informação, o vogal Carlos Álvaro das Neves Quintela cabem os pelouros da cultura, recreio, instrução e segurança social, o vogal Álvaro Garcia de Carvalho recebe os pelouros dos serviços municipalizados de águas e saneamento, matadouro, transportes, garagem e oficinas mecânicas, o vogal Manuel Maximiano Gonçalves é designado para o pelouro dos problemas agrários e, finalmente, o vogal José Joaquim Ferreira é escolhido para a superintender na higiene e limpeza e mercados. Na primeira reunião da comissão administrativa foram igualmente nomeados os presidentes das comissões municipais. Assim, a Comissão Municipal de Turismo e a Comissão Municipal de Arte e Arqueologia passam a ser presididas pelo vogal Lino Paz Paulo Bicho e assume a presidência das Comissões Municipais de Higiene e de Trânsito o vogal José Joaquim de Jesus Ferreira.

19- Comício do MDP/CDE no Carlos Manuel, sendo orador entre outros José Tengarrinha.

19-Fundação do Grupo Cultural e Recreativo de Rio de Mouro.

Após alguns dias de acções desconcertadas, tanto de alunos como de professores, é formado o «Grupo de Mobilização dos Alunos do Liceu Nacional de Sintra (GMALNS)», que reconhece como tarefa prioritária a constituição de um «Conselho de Escola» que assegure a representação de alunos, professores e pessoal auxiliar. Este Grupo considera «imaturas todas as propostas de expulsão de certos elementos que pela sua conduta presente e passada se veriam insistentemente apontados».

Embora tivesse a oposição de outros grupos minoritários, mas activos, o GMALNS viu coroados os seus esforços para a constituição de uma Comissão Directiva da Escola, tendo sido os representantes dos alunos, professores e pessoal auxiliar eleitos no dia 7 de Junho numa assembleia em que esteve presente um delegado da Junta de Salvação Nacional.

O general Spínola é aplaudido em Queluz
José Alfredo da Costa Azevedo

25- Reúne-se em Colares a comissão local da CDE, o partido que vinha da oposição democrática, intervindo José Alfredo Azevedo e Maria da Graça Forjaz

O Jornal de Sintra custa nesta altura 2 escudos

24-Luis Pedroso Miguel é presidente do Mem Martins Futebol Clube. 
28- Morre o padre José Oliveira Boléo
29-Morre o escritor e grande amigo de Sintra Ferreira de Castro.

Julho
1- Comício da Comissão Administrativa da Câmara no ringue do Parque da Liberdade

Fecha a fábrica de queijadas Mathilde, de Manuel Soares Barreto. 

O PCP ocupa o edifício da cadeia comarcã. 
13-Morre Raul Lino, arquitecto com vasta obra em Sintra. Ver video abaixo

24-Comício do PS no Cineteatro Carlos Manuel, com Sargo Júnior, Maria Barroso, Jorge Campinos e José Alfredo.

O Liceu Nacional de Sintra aprova uma moção defendendo a sua professora Maria Almira Medina, injustamente atacada.

Decorre uma polémica em torno da não abertura do Hospital de Sintra.

Agosto

15- Abre em Cabriz o restaurante “Curral dos Caprinos”

Setembro 
8-Festas de Nossa Senhora do Cabo em S. João das Lampas

20-Hermínio Lopes de Sousa presidente do Sintrense

24-Assinada a cedência do espólio dos escultores Anjos Teixeira, pai e filho, à Câmara de Sintra.

25- O locutor Artur Agostinho é preso por suposta implicação numa tentativa contra revolucionária

É fundado o Núcleo de Espeleologia de Sintra (NES), que passou depois a designar-se por Associação dos Espeleólogos de Sintra (AES)

António Costa Alcobia é presidente da Comissão Administrativa da Junta de S. Martinho.Compõe a junta António Luís Pedro Baptista, Luís Oram Soares,Maria da Graça Macedo Forjaz e Albino Morais Calinas.

Outras juntas: Agualva Cacém-José Manuel Cunha Ferreira, Algueirão-Mem Martins, Rogério Solano da Silva; Almargem do Bispo Alberto Rodrigues Almeida; Belas Guilherme Dias; Colares Valério Chiolas; Montelavar Romualdo Cipriano;Queluz Salvador da Luz; Rio de Mouro Américo Serronha; S. Maria e S. Miguel António Faria; S. João das Lampas Joaquim Pedro;  S. Pedro, Pedro Soares Santos;  Terrugem Josué Duarte Gaspar.

30- O Hockey Clube de Sintra sobe à I Divisão


Outubro
31-Inauguração da luz eléctrica no CF Os Montelavarenses


Novembro
15-Armando Esteves Pereira presidente do HCS
Flagelo da construção clandestina em Casal de Cambra 

Um ministro nesta altura ganha 26 contos (cento e trinta euros) que podem chegar a 35 com ajudas de custo.

Dezembro
13-Abre o supermercado Carôço em Mem Martins
19- Norberto Lopes Leal presidente dos Bombeiros de S. Pedro 

21-Pelo DL 735/74 o monumento do Outeiro das Mós, na Praia das Maçãs (tholos) é classificado como monumento nacional.

Monumento funerário do Calcolítico, a tholos do Outeiro das Mós, foi descoberta em 1927, quando o proprietário do terreno procedia a uma surripa. Em Outubro do mesmo ano, Luís Saavedra Machado, que trabalhava sob as ordens de Leite de Vasconcelos no Museu Nacional de Arqueologia, efectuou as primeiras explorações metódicas na necrópole. Estudada por mais duas vezes, em 1969 por Vera Leisner, Zbyszenski e Veiga Ferreira, e, mais tarde, em 1981 pelos serviços de arqueologia da Câmara Municipal de Sintra, a tholos das Praia das Maçãs revelou a existência de diversos materiais (ídolos-placa, cerâmica, silex, etc.), e uma estrutura composta por duas câmaras com respectivos corredores.

Francisco Barreto das Neves passa a gerência da Sapa para Maria Fernanda das Neves

RECOLHA DE FERNANDO MORAIS GOMES

EM ATUALIZAÇÃO PERMANENTE

 LIGAÇÕES PARA OUTROS PERÍODOS CRONOLÓGICOS

1880-1910

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2 thoughts on “Cronologia de Sintra 1961-1974”

  1. FernandoMoraisGomes

    Obrigado pela informação, vou corrigir. Já agora não tem nenhuma foto do Bibió? Frequentei muitos anos, mas não encontro nenhuma foto por aqui no Google.
    Obrigado
    Fernando Morais Gomes

  2. Ana Domingos

    Uma correcção: o café Bibió era propriedade de Julieta Sequeira Paulo, e não Júlia como está no texto. Minha tia paterna e filha de Maria José Sequeira Paulo, primeira pessoa a nascer na Praia das Maçãs em 21 de Novembro de 1891

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