- Vamos Mudar o Mundo!” são as palavras de ordem desta “Cruzada das Crianças”, a partir da obra de Afonso Cruz e com encenação de Paula Pedregal
- De 15 a 30 de abril, na Casa de Teatro de Sintra, um espetáculo da companhia de teatro Fio d’Azeite – Grupo de Marionetas do Chão de Oliva, dirigido a toda a família
“A Cruzada das Crianças”, é o novo espetáculo de marionetas para infância e juventude, do Fio d’Azeite – Grupo de Marionetas do Chão de Oliva, que estreia a15 de abril às 16h00 na Casa de Teatro de Sintra e se mantém em cena até dia 30 de abril, todos os sábados e domingo, sempre às 16h00.
Esta nova criação é uma adaptação da obra homónima de Afonso Cruz que, por sua vez, parte da realidade histórica da cruzada das crianças que terá acontecido no século XIII, como uma cruzada popular e espontânea que visava alcançar a “Terra Santa”. Segundo se acreditava, só os corações puros poderiam reivindicar a terra prometida. Nesta adaptação de “A Cruzada das Crianças” do autor Afonso Cruz, são apresentadas reivindicações de crianças para uma mudança do mundo dos adultos, para que este se torne um lugar melhor para todas as pessoas.
Este espetáculo conta com a encenação de Paula Pedregal, que integra também o elenco, juntamente com os atores Hugo Sequeira e Carlos Abreu e Lima. As marionetas, da autoria de Jorge Cerqueira, dão vida à menina Tâmara e ao menino Artur, que refletem as preocupações reais de crianças de todo o mundo, incluindo algumas das crianças que participaram no processo artístico para este espetáculo. A paisagem sonora é de Abel Arez e a cenografia de Maria Luiz, que inclui o público dentro do cenário, na tentativa de arrematar todas as vozes de miúdos e graúdos para esta conquista de um mundo melhor. A construção do cenário assenta na premissa de sustentabilidade, sendo elaborado a partir de reaproveitamento de cartão. Paula Pedregal, diretora artística deste projeto, baseia-se numa das citações da obra para falar deste espetáculo: “queremos corações maiores, onde possam caber as pessoas. Especialmente as más. São as que mais precisam! -Acreditamos no poder transformador do teatro e que é possível sentirmos a força coletiva e a vontade de mudar e, de facto, passar a mudar alguma coisa”.
Durante o processo de ensaios, o Fio d’Azeite contou com a participação dos alunos de 1.º ciclo do Agrupamento de Escolas D. Carlos I, em Sintra, através de oficinas de construção de marionetas, criação de paisagens sonoras para o espetáculo e criação de cartazes para, com os atores, prepararem “manifestações”.
“Foi essencial incluir estas crianças no nosso processo criativo e tê-las connosco a participar ativamente em alguns espetáculos”, conta-nos Paula Pedregal, encenadora do espetáculo.
Jorge Cerqueira, construtor de marionetas, ajudou a construir 100 marionetas para este espetáculo, para que sejam utilizadas pelos atores e pelo público na Casa de Teatro de Sintra.
Alicerçado no ciclo de 2023 do Chão de Oliva, dirigido a crianças e jovens que se enquadram na geração “z a alfa”, Paula Pedregal, encenadora e atriz, afirma que este projeto “prende-se com a intenção de lançar as sementes do inconformismo, traduzida em cidadania ativa e espírito crítico, ao instigar as crianças e jovens a questionar a realidade e a sociedade em que vivem”.
Os bilhetes estão à venda na Ticketline pelo preço geral de 7,5€ e de 5€ para crianças e jovens até aos 25 anos, maiores de 65, desempregados e pessoas com deficiência. Existe, ainda, a possibilidade de bilhete e refeição pelo valor de 16€ por pessoa.
Mais informações e reservas através do 219 233 719.
Sobre o Fio d’Azeite – Marionetas do Chão de Oliva
O Fio d’Azeite foi formado em 1992, como consequência de um trabalho de sensibilização às marionetas e às formas animadas, realizado em 1989 pelo Chão de Oliva, e dirigido por José Carlos Barros e José Ramalho. A atividade do Fio d’Azeite é caracterizada pelo domínio das linguagens tradicionais da “arte da marioneta” e procura de novas soluções formais para esta milenar expressão teatral. Nesta procura, aposta-se na multidisciplinaridade, valorizando a imagem em movimento, a paridade dos elementos visuais, assim como a extensão às outras artes, como o teatro, a música e a dança, numa pesquisa dinâmica e atenta das artes vivas contemporâneas.
É uma das companhias residentes do Chão de Oliva – Centro de Difusão Cultural, com sede na Casa de Teatro de Sintra.