Adiado devido à pandemia, realizou-se finalmente na Quinta da Ribafria a 24 e 25 de junho o VI Encontro de História de Sintra, promovido pela Alagamares com a colaboração da Cultursintra, depois de em 2007, 2014 e 2017 ter já organizado os III,IV e V Encontros.
Como habitualmente, temas diversificados e originais relacionados com a História de Sintra, quer da Sintra histórica, quer a dos aglomerados que a constituem, foram abordados, num encontro que se pretendeu vivo e participado.
Podem assistir aqui às intervenções
24 de junho:
Intervenções de Marco Oliveira Borges e Miguel Real:
https://www.facebook.com/alagamares/videos/131991755703549/
Intervenções de Carlos Manique da Silva e Marta Frade:
https://www.facebook.com/alagamares/videos/587064968938035/
Intervenção de Ricardo Duarte:
https://www.facebook.com/alagamares/videos/1194565734300143/
25 de junho
Intervenções de Alexandre Gonçalves, João Rodil e Júlio Cortez Fernandes:
Intervenções de Nuno Miguel Gaspar, Jorge Martins, Margarida Magalhães Ramalho e Mário João Machado
NOTA-Começa ao minuto 17:30:
No primeiro dia de trabalhos, a 24 de junho, durante a manhã, Marco Oliveira Borges abordou o tema “História Marítima de Sintra: uma síntese de doze anos de investigação
Marco Oliveira Borges é Licenciado, Mestre e Doutor em História pela Universidade de Lisboa, investigador integrado do Centro de História da Universidade de Lisboa, membro correspondente da Academia de Marinha, membro da Rede Internacional de Estudo sobre as Pequenas Cidades no Tempo (In_Scit) e da Rede Cultural de Sintra.
Seguiu-se a intervenção de Miguel Real, conhecido ensaísta e escritor, que escolheu homenagear o poeta Jorge Telles de Menezes, falecido em 2017. Sobejamente conhecido, Miguel Real é autor duma vasta obra na área da ficção e ensaio, com destaque para obras como “A Voz da Terra” ou “O último Negreiro”
No período da tarde, Carlos Manique da Silva debruçou-se sobre o tema José Maria Latino Coelho e a educação popular. Doutor em Ciências da Educação (especialidade História da Educação) e diretor do Centro de Formação de Associação de Escolas Rómulo de Carvalho, em Mafra, é investigador da Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Educação e Formação do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Realce para o papel de Latino Coelho enquanto pedagogo, tendo durante alguns anos sido o dia do seu falecimento, a 29 de agosto de 1891, o dia do feriado municipal de Sintra.
Seguiu-se Marta Frade, que iniciou a sua formação na Escola Profissional de Recuperação do Património de Sintra (EPRPS) em 1997, onde despertou o seu interesse pelo património executado em gesso, e que se debruçou sobre 10 anos de restauros em Monserrate, abordando todo o trabalho sob sua orientação aí desenvolvido, terminando o primeiro dia com a comunicação de Ricardo Duarte, mestre em História de Arte, Azulejaria de Exterior em Sintra – Arte e Tipologias, e que foi a sua dissertação na Faculdade de Letras de Lisboa em 2018.
Na manhã de 25 de junho, Alexandre Gonçalves , Arqueólogo no Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas, Mestre em Pré-história e Arqueologia pela Faculdade de Letras de Lisboa e Diretor do projeto AVISRARA (Alto da Vigia: Santuário Imperial Romano e Ribat de Alconchel) falou sobre O sítio arqueológico do Alto da Vigia, a que se seguiu João Rodil, autor de “Serra, Luas e Literatura” ou “Os Dias do Corvo”, e conhecido entusiasta de História Local que escolheu como tema Carvalho Monteiro e a portugalidade da Quinta da Regaleira, e Júlio Cortêz Fernandes, presidente da Assembleia de Freguesia de Rio de Mouro que aprofundou o conhecimento dos presentes com o tema Casal do Almargem, domínio senhorial da antiga freguesia de Nossa Senhora de Belém em Rio de Mouro termo da Vila de Sintra
Da parte da tarde ‘O Sultanato da Pena’… outras visões e o mais que está por vir”, de Nuno Miguel Gaspar, da Parques de Sintra-Monte da Lua, levou os presentes numa visita por aspetos simbólicos e menos conhecidos do Palácio da Pena, o historiador Jorge Martins, especialista em temas judaicos, escolheu falar sobre A Comunidade Cristã Nova de Sintra entre os séculos XVI e XIX, Margarida Magalhães Ramalho desvendou aspetos desconhecidos sobre Os Kingsbury, últimos habitantes de Monserrate, e o antigo chefe dos serviços de Turismo da Câmara Municipal de Sintra, Mário João Machado levou os presentes numa viagem por 55 anos de Festival de Sintra.