O Judo e Sintra: Entrevista com Renato Kobayashi

Atleta desde 1975, olímpico em Seoul 1988, campeão nacional várias vezes em todos os escalões (juvenis a veteranos), treinador desde 1980, professor de judo na Academia Militar (1990-1996) e no Sporting Clube de Portugal (1993-2006), Renato Santos Kobayashi foi treinador olímpico em Londres 2012, treinador grau III-Alto Rendimento- IDP (2012), campeão Nacional de equipas seniores em 2008 e dos atletas  Leandra Freitas, Catarina Cachola, Tiago Lopes, Ana Abreu, Marta Cachola, Mariana Casimiro  ou Leandra Freitas (Seniores 2012). Foi também vice-presidente da Associação Nacional de Treinadores de Judo de 1998 a 2008 e vogal da Direcção da FPJ (2008-2009).Cinto Negro 4. Dan desde 1988.

Como surgiu o judo na sua vida? 
 
A minha mãe (Maria Teresa Santos Caneco) inscreveu me no Judo no Sport União Sintrense em 1974.
 
Conte-nos um pouco seu percurso ao longo dos últimos anos. 
 
Fui dirigente da Associação Nacional de Treinadores e da Federação Portuguesa de Judo, campeão nacional de judo várias vezes (cerca de 20 vezes) em todos os escalões, olímpico em Seoul 88, e o primeiro atleta olímpico de Sintra, e por isso recebi o título de cidadão honorário de Sintra da Câmara Municipal de Sintra em 1988. Hoje sou treinador e director na União Mucifalense, e Presidente da Escola de Judo Turma dos Judokinhas, a maior escola nacional, e Presidente do Centro Cultural Kobayashi, que tem por missão homenagear e perpetuar a memória do meu pai. 
 
E como vê o judo na actualidade, a nível de prática e evolução? 
 
Vejo que tem evoluído bastante ao nível da prática, e também pode evoluir em número de praticantes, se houver mais apoios.
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O Renato é filho de mestre Kobayashi, e sabemos ir em breve abrir em Sintra um centro dedicado a homenagear a sua memória, bem como a cultura oriental. Fale-nos um pouco desse projecto.
 
É um projecto inovador e ambicioso, com o apoio de vários amigos e da Câmara Municipal de Sintra, na pessoa do Dr Basílio Horta, mas também de todos os sectores da CMS. Foram-nos cedidas umas instalações abandonadas há 12 anos no Parque da Liberdade, o antigo pavilhão do Japão. Vamos recuperar todo o espaço, e fazer o Museu do Judo, um museu de arte japonesa, uma galeria de arte um auditório com 80 lugares e sala multiusos, um restaurante japonês, uma estufa de plantas japonesas e um jardim também, estilo japonês.
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Como está o judo no concelho de Sintra?
 
A trabalhar diariamente para ser novamente uma referência nacional 
 
Que filosofia de vida está associada à prática do judo?
 
A do seu Código de Honra, 
 
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A sua relação com o seu pai passou por momentos pouco usuais. Conte-nos um pouco dessa história.
 
Está no livro que acabei de reeditar, Kyu & Dan.
Conheceu Mestre Bastos Nunes, uma referência nacional e de Sintra nesta modalidade. Como era ele, e como avalia o seu trabalho?
 
Um Mestre, um Amigo, não tenho competência para avaliar o Mestre Bastos Nunes, a sua obra está à vista de todos, também existem vários testemunhos no Livro Kyu & Dan.
 
Como viu a prestação do judo português nos Jogos Olímpicos?
 
Vi com gosto um conjunto de atletas a lutarem pelos seus objectivos e interesses. Quanto aos resultados, foram os possíveis, mas previsíveis, de atletas que tem todas as condições de treino e onde se fez o maior investimento monetário de sempre na história do judo nacional. 
 
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