Os sons rebeldes da Linha de Sintra

Aqui divulgamos algumas das novas sonoridades de Sintra.

TRISTA

Trista, o rapper do colectivo Instinto 26, lançou “Neblina”, o primeiro de uma série de três singles a solo. O tema conta com a produção de Fumaxa e instrumentação adicional de Monksmith e Ariel. O videoclipe ficou a cargo de Diogo Carvalho..

 JULINHO KSD

Julinho KSD é autor de vários dos mais recentes hits a surgir no panorama do hip hop português, como “Sentimento Safari”, “Hoji N’Ka Ta Rola” ou “Mama Ta Xinti”, e no ano passado assinou um contrato com a Sony Music Entertainment Portugal e garantiu igual tratamento para os seus colegas de grupo.

GROGnation

Juntos desde 2011 – pela proximidade geográfica, amizade e um gosto pelo rap – os cinco GROGNation são Harold Rafael, Tiago “Prizko” Ribeiro, André “Neck” Janeiro, António “Nasty Factor” Silva, e Rui Pereira, aka Papillon, .

Pela multitude dos temas que abordam (o amor, as dificuldades por que passaram e a masculinidade – o tema, Lágrimas, por exemplo, parece evocar a recente deambulação do rapper americano J Cole sobre o que é ser um “real nigga” em 4 Your Eyez Only e da sonoridade das batidas (ora mais clássicas, ora mais electrónicas – ou “fresh”, nas palavras deles), foram recebendo elogios de alguns dos principais protagonistas do hip-hop nacional, como NBC, Sir Scratch, Bob da Rage Sense, Valete e Sam the Kid. Vários, aliás, já colaboraram com o grupo de Mem Martins.

Depois dum percurso inicial, que os levou, por exemplo, a actuarem no festival MEO Sudoeste, viajam do R&B ao boom-bap, soul, afro-beat e electrónica – mais fragmentada, por exemplo em Amar para Esquecer, e mais explosiva, como em Vou na Mesma e Barman), foram trazidos por alguns dos produtores mais conceituados do género em Portugal, como Sam the Kid, DJ Ride, Lhast, Holly e Cálculo.

É por cima desses instrumentais que os cinco rimam – sobre “1001 temas”, nas palavras de Harold. E se as egotrips não dominam, também há espaço para a afirmação: Harold canta que vieram “para ser lendas”, Papillon que “isto é o creme do creme (…) do mais real que há desde o Valete, do Xeg e do Sam”. Na nova geração hip-hop, os GROGNation lutam pelo pelotão da frente. 

HAROLD

“Deus Queira” é o novo single de Harold com participação de Phedilson, instrumental de Lazuli e co-produção, mistura e masterização de Here’s Johny. O videoclipe foi gravado entre Portugal (por Luís Pinhão) e Angola (por Don Produções). Depois de lançar o seu segundo álbum (o primeiro pela Universal Music Portugal) em Outubro do ano passado, o membro dos GROGnation regressa.

BISPO

Bispo é um rapper proveniente de Mem Martins, caracterizado pela escrita de rua, de fácil interpretação e direta, contendo sempre uma mensagem específica e bem explícita.

Em 2012, lançou a mixtape Recomeço, em 2013, a mixtape Passo a Passo, em 2014 lança o EP BISPOterapia e, em 2015, o seu primeiro álbum Desde a Origem.

Atingiu um maior número de ouvintes inicialmente com Mentalidade Free ampliando ainda mais com NÓS2 em 2018, tornando-se disco de platina.

Em 2020, lançou o álbum Mais Antigo.

NASTYFACTOR

nastyfactor é o nome artístico de António Silva, mc e produtor natural de Mem Martins, membro dos GROGnation.

Inicialmente usando o nome de Factor, foi responsável pela fundação dos GROGnation, devido à sua precoce paixão pelo rap. Foi dos primeiros elementos a começar a escrever as suas letras, bem como a adquirir o primeiro material para produção musical, tendo sido quem explorou mais a vertente da produção, mistura e masterização musical, convivendo com produtores e visitando grandes estúdios, como a Big Beat Studios.

Também se tem responsabilizado por produções, misturas e masterizações para outros artistas, como Bispo ou Mike Find Mind, entre muitos outros.

Em 2018 lançou o seu primeiro projeto a solo, o EP Adrenalina.

INSTINTO 26

Os Instinto 26 são oriundos do Casal de S. José, Mem Martins, no concelho de Sintra.

Os Instinto 26 são o Yuran, Julinho KSD, Trista e Kibow. “Gangsta”é o seu mais recente trabalho.

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DIA 10 💎

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TRISTANY

Artista de Mem Martins, deu-se a conhecer com os Monte Real, tendo lançado o seu primeiro EP em 2015 — no grupo assinava enquanto Tristany Time Old. A orientação para o hip hop de cariz mais tradicional manteve-se até “Noites de Mem Martins”, o maior êxito da crew, que serviu como hino para uma nova geração de adolescentes.Depois de ter largado Time Old e ter passado pelo projecto Oficina Portátil de Artes, orientada por Francisco Rebelo, João Tristany despiu-se de rótulos e focou-se em criar um novo género de música urbana, que classifica como “apátrida” e que é definida dentro do seu circulo de amigos como “sintranagem”. Por lá, os ensinamentos do hip hop não foram esquecidos mas a sua força nota-se especialmente nas palavras, veiculadas com a dor do fado na voz e embaladas em ritmos mornos vindos de África, que se destacam entre a mescla de esquemas que aplica às suas composições, que podem ir de um jazz-rock mais stoner ao trap num piscar de olhos.Meia Riba Kalxa, o seu álbum de estreia, começou a ser antecipado em 2018 com o videoclipe/documentário “Rapepaz”, um retrato poético sobre a realidade da Linha de Sintra. “Mô Kassula” e “O Meninu Ke Brinkava Com Bunekas” surgiram logo depois e confirmaram Tristany enquanto um dos mais promissores artistas para o ano que então se avizinhava. Os três repentinos lançamentos criaram um certo culto à sua volta e nem Sam The Kid deixou de dar o shout-out ao rapaz que estava a moldar a sonoridade de Mem Martins num dos episódios de Três Pancadas. 2019 ainda arrancou com um descontraído “PeSkaDoR di fUbA 2 … (partimento de Leve)”, mas o silêncio reinou nos meses que se seguiram.Desta vez já não se trata de um ensaio. Meia Riba Kalxa está mesmo a caminho, vai contar com Chullage entre a lista de créditos e engloba os três temas já servidos em vídeo anteriormente. “Mô Kassula”, uma homenagem ao saudoso amigo Marco Boto, foi agora alvo de uma recriação ao vivo, num cenário imaginado por Tristany e Diogo Carvalho, recuperando várias peças e manifestações de arte com assinatura do próprio músico. Suzana e Ari acompanham-no nesta aventura, que serve também como um ensaio para aquilo que poderá ser uma live performance de Tristany quando for a altura certa para apresentar em palco o tão aguardado disco.

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