SUGESTÕES CULTURAIS PARA O FIM DE SEMANA- 18 E 19 SETEMBRO
Caros Amigos Com o desconfinamento, a Alagamares está de volta, e em breve teremos o prazer de anunciar novas iniciativas. Para já, divulgamos alguns eventos e iniciativas locais, em cuja participação recomendamos:
TRILOGIA DA GUERRA- AGAMÉMNON
Até 9 de outubro
HORÁRIO: quintas, sextas e sábados às 21h30 Pela MUSGO Produção Cultural
A Grécia declara guerra a Troia após o rapto de Helena por Páris. Estamos na Antiguidade Clássica. Agamémnon o protagonista desta tragédia que faz derramar muito sangue, desperta enormes paixões e mostra o homem nas suas facetas mais íntimas, comovedoras, filosóficas e animalescas. O dramaturgo Jaime Rocha construiu, a partir deste mito fundador do teatro grego, uma peça, ao mesmo tempo tragédia e comédia, que responde às preocupações, utopias, angústias, ideais não só do homem antigo, como também do homem contemporâneo. O autor introduz neste texto um olhar renovado quer nos conteúdos, quer no vigor e na agilidade dos diálogos e relatos. Sendo por um lado fiel à história narrada e problematizada pelo texto fundador, o Drama Antigo, esta peça traz ao teatro contemporâneo português uma nova visão de uma realidade mitológica muito singular, onde a coragem, a intriga, o ódio, a paixão, a solidariedade, o abandono e a errância são elementos dramatúrgicos fundamentais, uma realidade em que o homem mostra a sua verdadeira face e deixa cair as máscaras. O autor, ao reconstruir este mito grego, reflete também sobre como ele perdura no tempo e como se adapta aos dias de hoje, como chega até nós e é enquadrado no mundo moderno. De facto, a guerra nunca acabou, continua a ser uma presença constante e uma ameaça ainda mais mortífera, já que põe em causa a própria existência humana. FICHA ARTISTICA E TÉCNICA Texto: Jaime Rocha Encenação: Paulo Campos dos Reis Dramaturgia: Jaime Rocha e Paulo Campos dos Reis Interpretação: Miguel Moisés (TEATRO EFÉMERO), Carolina Figueiredo (TEATROMOSCA), Ricardo G. Santos (RUGAS), Filipe Araújo, Rute Lizardo, Regina Gaspar (MUSGO), Clara Marchana, Catarina Rodrigues (MADRASTA DANCE) e um aluno do Curso Profissional de Artes do Espetáculo da Escola Secundária de Santa Maria (Portela de Sintra) Direção de produção: MUSGO Produção Cultural Coprodução: Efémero, Madrasta, Musgo, Rugas e teatromosca Promotor: Fundação Cultursintra
MUSCARIUM#7 Até 26 de Setembro, diversos lugares
Setembro chegou e com ele vem o festival MUSCARIUM, organizado pela companhia sintrense teatromosca. A sétima edição daquele que é o mais importante festival de artes performativas em Sintra irá decorrer de 10 a 26 de setembro e continua a ter como objetivo espalhar a cultura um pouco por todo o concelho. Serão três semanas totalmente dedicadas ao teatro, música, dança e performance, com espetáculos de artistas nacionais e internacionais, para todos os públicos. A abertura do festival, ocorreu no dia 10 de setembro, a cargo da fadista Gisela João, nos jardins da Quinta da Regaleira. Antes, pelas 20h15, num outro local deste mesmo espaço, o público foi presenteado com o espetáculo de dança “Mapa”, do Colectivo Glovo, vencedor de diversos prémios, proveniente da Galiza. Já no dia 11, às 16h, a Casa da Juventude da Tapada das Mercês recebeu “Eça Agora!”, um espetáculo de teatro para jovens que surge da parceria das companhias Três Irmãos e As Contadeiras, com o propósito de levar obras menos conhecidas de Eça de Queiroz a toda a comunidade Lusófona, através da contação de histórias. A segunda semana do evento inicia-se a 17 de setembro, às 21h, no AMAS – Auditório Municipal António Silva, com “Noites Brancas”, uma adaptação do romance homónimo de Fiódor Dostoiévski, pelo Teatro Art’Imagem. No dia seguinte, às 16h, na Casa da Cultura Lívio de Morais, em Mira Sintra, os mais pequenos puderam assistir a “Semente”, espetáculo da RUGAS Associação Cultural, estrutura sintrense que privilegia a criação performativa multidisciplinar. A 18 de setembro, às 21h, o AMAS enche-se de ritmo angolano com Domingos Conceição, mais conhecido por Azulula. Este será um concerto que explora artes visuais e sonoras, com o objetivo de manter viva uma tradição musical que está em vias de extinção. A semana termina na Quinta da Ribafria, em Sintra, dia 19, às 18h, com “Iceberg, O Último Espetáculo”, criação para a infância produzida pela Peripécia Teatro que a companhia descreve como não sendo para “meninos de coro, com corações sensíveis e de fácil melindre, habituados a cadeiras estofadas”. Scúru Fitchádu é um dos nomes mais falados do atual panorama musical português e também estará presente no MUSCARIUM#7. O funaná punk do alter-ego de Marcus Veiga invadirá o Largo da República em Agualva, no dia 24 de setembro, às 21h e promete acelerar o batimento cardíaco dos presentes. A terceira semana de festival, começa assim, da melhor forma possível, com este concerto de entrada livre. Depois da festa da noite anterior, o Centro Lúdico das Lopas, em Agualva, albergará mais um espetáculo deste MUSCARIUM, continuando a privilegiar o programa em família, com “Somos Pessoa!”,pel’As Contadeiras, no dia 25, às 16h. Aqui, a vida e obra de Fernando Pessoa é contada a partir de uma estrutura narrativa e linguagem teatral pouco convencionais. Já dia 26 de setembro, pelas 16h, haverá uma nova produção com entrada gratuita: “Sómente” pelo Teatro Só, no Largo Rainha Dona Amélia – Palácio de Sintra. A companhia, que tem a sua sede em Portugal e na Alemanha, traz consigo um espetáculo poético que reflete sobre a solidão na velhice e que venceu diversos prémios internacionais. Encerrando o festival com chave de ouro, também no dia 26, desta feita às 21h, no AMAS – Auditório Municipal António Silva, será a vez de o coletivo canadiano Mammalian Diving Reflex apresentar a performance “Sexo, Drogas e Criminalidade”, que será criada ao longo de uma semana de residência artística desta companhia com um grupo de jovens da comunidade maiores de 16 anos. A programação completa encontra-se disponível no site da companhia em www.teatromosca.com e continuarão a ser divulgados todos os pormenores relacionados com o festival nas páginas oficiais do teatromosca no Facebook e no Instagram. Os bilhetes para os espetáculos da edição deste ano encontram-se à venda na Ticketline e locais habituais. Poderão ser adquiridos individualmente entre 5 € e 7 € ou por via de um passe de acesso a todos os espetáculos do MUSCARIUM#7 pelo valor de 35 €. CONTACTOS | geral@teatromosca.com | 91 461 69 49 | 96 340 32 55
EXPOSIÇÃO DOS 20 ANOS DA DANÇAS COM HISTÓRIA
Exposição de 11 de setembro a 31 de dezembro no MUSA
Retrospetiva dos 20 anos de atividade da Associação Danças com História, que se tornou um caso singular no panorama nacional, na divulgação da dança antiga, associada aos grandes monumentos nacionais, personagens e acontecimentos representativos da nossa História e cultura. A Associação Danças com História conta com 732 apresentações em Portugal e no estrangeiro, das quais, 340, realizadas em Sintra. Esta exposição, concebida e realizada por Paula Sequeira, através de uma documentada cronologia, está enriquecida com uma mostra de trajes e de acessórios de diferentes épocas, referência a tratados, coreografias, bem como outros elementos simbólicos representativos da missão e trabalho da Associação. Haverá lugar a tertúlias com Miguel Real, Sérgio Luís de Carvalho, e João Rodil no 3º Sábado de Setembro, Outubro e Novembro, pelas 16h. O excelente desempenho na divulgação da dança antiga ao longo dos seus 20 anos de existência, tornou a ADCH uma referência ímpar, em Portugal e no estrangeiro. Com o seu vasto repertório de danças medievais, renascentistas e pré-barrocas, anima espaços, também com história, tendo já atuado no Palácio Nacional de Sintra, na Quinta da Regaleira, na Quinta de Ribafria, no Castelo de S. Jorge, na Torre de Belém, no C. Cultural de Belém, no Mosteiro de Alcobaça, na Catedral Visigótica de Idanha-a-Nova e em diversos museus. Representou Portugal no Festival de Dança Meet theTradition, na Bulgária e mereceu a atenção da cadeia internacional de televisão fracófona-TV5Monde. A imagem da ADCH assenta em alicerces de uma rigorosa investigação sobre coreografias, músicas e trajes das respetivas épocas, associando sempre à dança personagens e acontecimentos históricos de grande relevo cultural. Com Sede em Sintra, esta Associação tem beneficiado de vários apoios, nomeadamente da Câmara Municipal de Sintra. https://dancascomhistoria.wixsite.com/dancascomhistoria https://www.facebook.com/dancascomhistoria/ https://teia19.pt/dancascomhistoria
FESTIVAL DE JAZZ DE SINTRA
17 a 19 de setembro, no Cento Cultural Olga de Cadaval
Este Festival integra a programação do município de Sintra para o projeto cultural metropolitano Mural 18. A programação do Mural 18 é fruto da articulação dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML) para apoio a agentes culturais através do desenvolvimento de uma programação em rede. Através desta iniciativa, que terá uma comparticipação financeira do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional é desenvolvida uma vasta programação cultural, unindo agentes culturais, municípios e cidadãos, em defesa da comunidade artística e do património cultural, imaterial e material. A AML – Área Metropolitana de Lisboa, integra os municípios de Sintra, Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal e Vila Franca de Xira. Bilhetes e informações em festivaljazz.sintra.pt
A CONDESSA D’EDLA – O ÚLTIMO GRANDE AMOR ROMÂNTICO
Dias 18 e 19 de Setembro das 10h às 17h, Quinta da Ribafria
Teatro e Património em Sintra 2021 Novas datas, decorrentes do adiamento motivado pelo luto nacional em memória do Presidente Jorge Sampaio.
Entrada Livre Instalação multimédia interativa (texto, atores, instalação cenográfica, digital e sonora). Vários sets cenográficos podem ser experimentados pelos visitantes. Através de sensores, o público interage com sons e imagens. Imagens projetadas da condessa d’Edla, permanecendo hirta sobre um pequeno estrado de veludo, como se fosse uma figura dentro de uma caixa de música, vai rodando lentamente. Ouve-se música operática, a partir do “Baile de Máscaras” de Verdi e sons transformados que remetem para o conceito de caixa de música. Durante a instalação vão surgindo imagens das personagens D. Fernando II, Eça de Queirós, Carlos da Maia e Maria Eduarda, em visita ao Chalet da Condessa, do Teatro de S. Carlos, do parque da Pena. Ouve-se a voz da personagem Condessa d’Edla expressando as suas memórias, o seu amor por D. Fernando, já falecido, relembrando episódios das suas vidas. Um trabalho da ÉTER Produção Cultural.
LANÇAMENTO DA 3ª EDIÇÃO DE “MADRUGADA” DE MARIA ALMIRA MEDINA
18 de Setembro, 17h, Centro Cultural Olga Cadaval Chegando ao fim da comemoração dos 100 anos da Maria Almira Medina, uma singela homenagem que resulta de uma iniciativa conjunta com a Casa das Cenas, o Chão de Oliva associa-se à produção da 3ª edição da obra “Madrugada”. Contribuição do Chão de Oliva para que esta obra não deixe de existir para as gerações futuras. Antes do lançamento do livro de poesia, assistiremos à interpretação de um dos textos por alunos, com dinamização da Casa das Cenas. Por coincidência, será um texto que a Companhia de Teatro de Sintra levou à cena, no mesmo edifício, que na altura se chamava Cine-teatro Carlos Manuel. O texto de teatro de Maria Almira Medina é A Menina Girassol. O espírito de assistência mútua e de comunidade que Maria Almira Medina incutiu na dinâmica cultural de Sintra perdura ainda hoje. Graças à sua intervenção, tão subtil quanto infalível e transformadora, vários grupos e artistas contaram com a sua solidariedade ativa – só por isso a Maria Almira merece ser lembrada por todos. “Camarada da Arte”, como lhe chamou Almada Negreiros em 1944, Maria Almira Medina foi artista total, tendo deixado no seu legado obra artística, poética e o seu espírito de serviço à Cultura. Numa homenagem contínua, o Chão de Oliva promove/u diversas iniciativas de tributo, individualmente ou em parceria, fora ou na Casa de Teatro de Sintra, cuja sala recebeu o seu nome.
Bom fim de semana!