Tertúlia Literária a 26 de Fevereiro

Depois de no passado dia 15 de Janeiro se terem retomado as tertúlias dos Meninos d’Avó, por ocasião dos 10 anos do seu início, e interrompidas em 2007, nova tertúlia se voltará a reunir no próximo dia 26, no Legendary Café, Sintra, precedida de jantar literário, pelas 20h,sujeito a inscrição, e com o custo global de 9 euros, e envolvendo a partir das 21h 30m um happening poético com a presença de dois poetas convidados: Fernando Grade e Hugo Beja, poetas desintegracionistas, quando passam 50 anos da criação desse movimento, com a publicação em 1965 da obra Desintegracionismo, de Armando Ventura Ferreira. O público que queira participar com leitura de poemas ou textos poderá fazê-lo a partir das 23h, aparecendo no local e data. Organização das associações Caminho Sentido e Alagamares.

Morada:Rua Dr. Alfredo da Costa 8 R/c, Sintra, Telf. 21 9243825

Reservas até 48h. antes do evento para os contactos: jornalselene@gmail.com ou 962355891

Apoios: Legendary Café, Mercado Central de Janas Parcerias: Quinta dos 7 Nomes, Adega Regional de Colares, Pó de Arroz Handmakers

ENTRADA

COGUMELOS À ITALIANA

Cogumelos frescos, dentes de alho, toucinho, orégãos, folhas de manjericão fresco, noz-moscada, sal, azeite.

Lave bem os cogumelos e corte-os em lâminas. Corte o toucinho em quadrados pequenos e pique os alhos. Frite os cogumelos em azeite, alho e toucinho durante 5 minutos. Adicione os orégãos, uma pitada de pimenta e noz-moscada, manjericão e sal. Deixe ao lume até os cogumelos soltarem o caldo.

“… – Oh! Minha querida – retoma Adolphe vendo o rosto da sua casta esposa tornar-se amarelo e afinar-se – em França chamamos a este prato cogumelos à italiana, à provençal, à bordalesa. Picam-se os cogumelos, fritam-se em óleo com alguns ingredientes cujos nomes agora não me recordo. Coloca-se um pouco de alho, creio…”

Petites misères de la vie conjugale, HONORÉ DE BALZAC, traduzido por Sandra Silva.

PRATO PRINCIPAL

PESCADA COM CAMARÕES

Pescada, vinho branco, funcho fresco, sal; o molho é com courgette, camarões pequenos, natas, dentes de alho, manteiga; o acompanhamento é de legumes e batata cozida de origem biológica.

Coza o peixe em água com sal, funcho fresco e vinho branco. À parte, frite ligeiramente a courgette cortada às tiras na manteiga com os alhos picados. Acrescente o caldo da cozedura do peixe e dos camarões. Deixe ferver durante 10 minutos. Acrescente as natas e misture bem. Retire as espinhas ao peixe e envolva-o com o molho. Acompanhe com batatas cozidas.

“… Ah, cozinheira, olhas para mim, enquanto eu com a espátula vou separando a carne delicada: docilmente separa-se da espinha e quer ser recordada, Agnes, ser recordada”.

O Linguado, GUNTER GRASS, traduzido por Veronika Siebelist de Vasconcelos.

SOBREMESA

MAÇÃ REINETA CONFITADA

VINHO

VINTO TINTO DA REGIÃO DE COLARES

OS CONVIDADOS

HUGO BEJA

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A poesia de Hugo Beja (n.1943) encontra-se em grande parte inédita. Nos anos 60 integrou o Movimento Des-integracionista» com os escritores Armando Ventura Ferreira, Costa Mendes, Fernando Grade, Júlio-António Salgueiro, Nuno Rebocho e o pintor Mário Elias.  Primórdios do poeta: «Pelo meio-da-rua teu menino andava e ainda anda com uma simples quadra ciciada…» Primórdios do artista plástico: «Com lápis «Viarco» retrataste Castro e Albuquerque, ó inocência!» Nas citações dos poemas do livro se repete essa dupla referência da poesia e das artes plásticas: ao lado de José Régio, Jorge de Sena, José Gomes Ferreira, Fernando Pessoa e Ruy Belo, surgem Buonarroti, Leonardo, Rafael ou De Chirico. Entre a Natureza e a Cultura, o Poeta ouve a música (Stravinsky, Carmina Burana), vê uma dança (Nureyev) ou uma pintura (Kandinsky) e percebe que deixou de «ter idade» porque: «Compunhas tua ode misturando oólitos com musgo, matéria transcendente contida em velhos muros. Ficaste com remotos povos e edens ameaçados.»

FERNANDO GRADE

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Fernando Grade nasceu no Estoril (1943). Empenhado na agitação e dinamização de ideias, antes e depois do 25 de Abril», Grade organizou recitais, disse poemas dos outros e seus, dirigiu colóquios sobre poesia moderna, mormente do Orpheu ao Desintegracionismo, fez conferências acerca de artes plásticas, realizou teatro de acção e sessões-a-poesia-está-na-rua, em sociedades de cultura popular, bibliotecas, unidades fabris, clubes desportivos, escolas técnicas, liceus, sessões de esclarecimento e comícios políticos, museus, na via pública, em suma, em muitos e contrastados sítios.
Como artista plástico, é o criador da Teoria das Multidões e das Colagens Perversas.  Está representado com a sua Teoria das Multidões no Museu Nacional de Arte Contemporânea, no Museu de Angola, no Museu de Castelo Branco e nas colecções da Galeria Nacional de Arte Moderna e do Museu da Cidade de Luanda, bem como em diversas colecções particulares nacionais e estrangeiras.
Crítico de arte, tem trabalhos, dispersos especialmente pelo «Jornal de Letras e Artes», «O Século», «Século Ilustrado» (nesta publicação manteve uma secção semanal durante 3 anos) e «Diário de Notícias» (de Maio a Novembro de 1975).
Foi crítico literário do «ABC – Diário de Angola» e do «Podium». Crítico de televisão e espectáculos da «Vida Mundial». Cronista literário de «A Capital», «O Século», «Jornal de Viana e «A Bola». Foi director e chefe de Redacção da revista «Costa do Sol».
Pertenceu à Sociedade Portuguesa de Escritores, destruída pela PIDE e extinta. Foi director técnico da Associação Portuguesa de Escritores e da Associação Portuguesa de Críticos.Foi igualmente vereador pela FEPU, na Câmara Municipal de Cascais.

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