V Encontro de História de Sintra

Vai a Alagamares promover, com o apoio da Parques de Sintra-Monte da Lua e da Câmara Municipal de Sintra, de 27 a 29 de Outubro, o V Encontro de História de Sintra, sendo que organizou já os III e IV Encontros (2007 e 2014) e que a 29 de Outubro passam 200 anos do nascimento de D. Fernando II, rei a quem  Sintra e a cultura portuguesa muito devem.

Desde já, e independentemente de regularmente virmos a actualizar as informações respeitantes ao Encontro- cujo desenho definitivo ficará definido nos próximos dias- vimos fornecer algumas informações básicas, a saber:

O Encontro terá lugar na Sala das Colunas do Palácio da Vila de Sintra nos dias 27 e 28 entre as 9.30h e as 18h (acesso pela rampa à direita das escadas principais).

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A acreditação dos inscritos terá lugar junto do Secretariado entre as 9h e as 10h do dia 27 junto desse local.

Programa

DIA 27

9.45h- Sessão de abertura

Pausa


10.45h

Painel 1

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Miguel Real

Homenagem à maior poetisa de Sintra do século XX. A obra poética de Maria Almira Medina

Miguel Real é o pseudónimo literário de Luís Martins (1953 -) Escritor, ensaísta e professor de filosofia. Recebeu o Prémio Revelação de Ficção da APE/IPLB, em 1979, com O Outro e o Mesmo. Em 2006, conquistou o Prémio Literário Fernando Namora com o romance A Voz da Terra. Licenciado em Filosofia pela Universidade de Lisboa e Mestre em Estudos Portugueses pela Universidade Aberta, com uma tese sobre Eduardo Lourenço. É, actualmente, colaborador do JL, Jornal de Letras, Artes e Ideias onde faz crítica literária.

Obras mais recentes: Vieira, o Céu na Terra: Nos 400 anos do nascimento do Padre António Vieira, uma homenagem Filomena Oliveira e Miguel Real (Edições Fénix, 2015) Portugal: Um País Parado no meio do Caminho (2000-2015) (Dom Quixote, 2015) O Último Europeu: 2284 (Dom Quixote, 2015) O futuro da religião (Nova Vega, 2014) Nova Teoria do Sebastianismo (Dom Quixote, 2014) Liberdade, liberdade! Filomena Oliveira e Miguel Real (Fonte da Palavra, 2013) A Cidade do Fim (Dom Quixote, 2013) Nova Teoria da Felicidade (Dom Quixote, 2013) O Feitiço da Índia (Dom Quixote, 2012)

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Ricardo Duarte

O Círio de Nossa Senhora da Pena – Contributos para a sua História.

Licenciado em História da Arte pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, vem desenvolvendo Estudos no âmbito da História Local, principalmente relacionados com a freguesia de São Pedro de Penaferrim. Dedica-se também ao estudo da Azulejaria Portuguesa e às problemáticas da preservação e salvaguarda do Património. 

Pausa para Almoço

14.30h

Painel 2

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Galopim de Carvalho

A história geológica da serra de Sintra

António Marcos Galopim de Carvalho nasceu em Évora, em 1931. É licenciado em Ciências Geológicas pela Universidade de Lisboa (1961), doutorado em Sedimentologia (3ème cycle), em Paris (Sorbonne, 1964) e em Geologia pela Universidade de Lisboa (1969) e obteve a agregação em 1975. Jubilou-se como professor catedrático, em 2001.

Durante as quatro décadas de docência na Faculdade de Ciências de Lisboa, entre 1961 e 2001, assegurou o ensino prático de Cristalografia, Mineralogia, Geologia, Geomorfologia, Paleontologia, Petrografia, Sedimentar, Sedimentologia, Geologia de Portugal, Jazigos Minerais não Metálicos e as regências teóricas de Mineralogia e Geologia Gerais, Geologia, Geomorfologia, Geologia de Portugal, Petrografia Sedimentar, Sedimentologia, Jazigos Minerais não Metálicos,

Entre 1965 e 1981 leccionou no Instituto de Geografia da Faculdade de Letras de Lisboa, onde criou e dirigiu um laboratório de Sedimentologia.

Como professor convidado, leccionou Sedimentologia na Universidade dos Açores, de 1990 a 1993,  Geologia de Portugal na Universidade do Algarve, de 1996 a 1998, e Mineralogia e Geologia na Cooperativa Arco, na década de 1990.

Dirigiu dois projectos de investigação na da Paleontologia e Paleobiologia dos Dinossáurios e oito na área da Geologia Marinha (em colaboração com Alveirinho Dias) com vários mestrados e cerca de uma quinzena de doutoramentos.

Entre a vista biografia, foi também director do Museu Mineralógico e Geológico da Universidade de Lisboa (1983-1993) e do Museu Nacional de História Natural (MNHN) da mesma universidade (1993-2003).

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Cardim Ribeiro

O Foral AFONSINO de Sintra

Arqueólogo, professor universitário, director do Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas, coordenador em 1995 da candidatura de Sintra a Património da Humanidade.

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António Ventura

Sintra e a Maçonaria

António Ventura nasceu em Portalegre em 1953. Professor Catedrático de nomeação definitiva do Departamento de História da Faculdade de Letras de Lisboa. Director da Revista da Faculdade de Letras de Lisboa. Director do Centro de História da Universidade de Lisboa. Académico Correspondente da Academia Portuguesa da História. Da sua bibliografia destaca-se O Imaginário Seareiro. Ilustradores e Ilustrações da revista «Seara Nova» (1990); José Régio – Correspondência (1994); António Sérgio e José Régio – Um Convívio Epistolar (1994); Entre a República e a Acracia. O Pensamento e a Acção de Emílio Costa (1994); José Frederico Laranjo (1997); A Carbonária em Portugal (1999); Anarquistas, Republicanos e Socialistas: as Convergências Possíveis (1892-1919) (2000); José Régio e a Política (2000 e 2003); Memórias da Resistência. Literatura Autobiográfica da Resistência ao Estado Novo (2001); A Carbonária em Portugal (2004, 2.ª edição revista); A Guerra das Laranjas (2004); colaboração na História de Portugal (Ediclube, 1993, dir. de João Medina); Portugal e a Grande Guerra (Editorial Notícias, 2003) e na Nova História Militar de Portugal (Círculo de Leitores, 2003). Colaborou em: Colóquio Letras, Revista de História das Ideias, Revista da Faculdade de Letras, Revista da Biblioteca Nacional, Fórum, Gil Vicente, CLIO, Revista de Estudios Extremeños, História e Lusitania Sacra.

Pausa

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Vítor Rafael de Sousa e Rui Oliveira

Um azulejo de finais do século XV no Parque urbano da Quinta das Flores, em Massamá: breve resumo da distribuição dos azulejos valencianos do século XV no território português.

Vítor Rafael Sousa é arqueólogo e técnico de geologia, tendo trabalhado nas empresas  Amphora Arqueologia, Zanettini Arqueologia e Scientia Consultoria Científica.

 

Rui Manuel Almeida de Oliveira, natural de Belas-Queluz tem 52 anos de idade e é aposentado. Investigador de História Local e Etnografia sintrense. Redactor especializado na área da Arqueologia, Património e História Local Sintrense da Rádio Ocidente e Jornais “ A Pena” (Sintra), Voz de Tercena (Oeiras) e Correio da Cidade (Mem Martins) entre outros. Colaborador e amimador da RJ – Anima; Associação para Valorização da Ribeira do Jardo ou da Agualva, no Troço Urbano da Cidade de Agualva Cacém.

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Rodrigo Sobral Cunha

A xorca de Sintra (interpretação de uma jóia da Idade do Bronze)

Rodrigo Sobral Cunha, professor universitário doutorado em filosofia, com publicações nas áreas das ciências humanas e do espírito, assim como das ciências da vida e da natureza, vem dedicando crescente atenção à filosofia da paisagem, mormente ao caso de Sintra. Em 2014-2015 organizou com o IADE e a Câmara Municipal de Sintra o Colóquio Nacional sobre Raul Lino em Sintra, publicado em 4 volumes.

DIA 28

9.30h

Painel 3

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Carlos Manique

Iniciativas filantrópicas em prol da Misericórdia de Sintra (finais de Oitocentos)

Carlos Manique da Silva é director do Centro de Formação da Associação de Escolas Rómulo de Carvalho e investigador do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Doutorado em Ciências da Educação (especialidade História da Educação), tem como áreas de interesse a circulação e difusão do conhecimento pedagógico, a escola graduada e a arquitectura escolar. De entre as suas publicações, salienta-se: Escolas Belas ou Espaços Sãos? Uma Análise Histórica Sobre a Arquitetura Escolar Portuguesa (1860-1920), Lisboa, IIE, 2002. Foi professor visitante nas Universidades Estaduais de S. Paulo e de Santa Catarina (Brasil), e na Universidade de Oviedo (Espanha).

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Nuno Gaspar

O Sultanato da Pena, entre o Mito e a Realidade – Considerações e Reflexões sobre uma Publicação Inédita

Nuno Miguel Gaspar nasceu em Lisboa em 1968. Depois de um percurso incompleto no ensino secundário e uma vida profissional errática e multifacetada ingressou, em 1993, no curso profissional de pintura decorativa, do Instituto de Artes e Ofícios da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva. A partir de 1996, iniciou actividade no restauro e conservação de pintura mural e, no ano seguinte, candidata-se à frequência da licenciatura em História, variante de História da Arte, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo sido aceite. Na sequência da licenciatura, propõe-se à obtenção do grau de mestre em Arte, Património e Teoria do Restauro, qualificação que conclui com êxito, em Maio de 2011.

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Marco Oliveira Borges

Corso e pirataria na costa de Sintra- séculos XVI-XVII

Marco Oliveira Borges é licenciado em História, pós-graduado em História dos Descobrimentos e da Expansão e mestre em História Marítima pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo desenvolvido uma tese intitulada O porto de Cascais durante a Expansão Quatrocentista. Apoio à navegação e defesa costeira (2012). Actualmente, é bolseiro de doutoramento pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, estando a desenvolver uma tese no âmbito do Programa Inter-Universitário de Doutoramento em História (PIUDHist). É investigador associado do Centro de História e do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, bem como membro correspondente da Academia de Marinha. A sua investigação principal incide nas temáticas relativas aos Descobrimentos e à Expansão Europeia dos séculos XV-XVII. Tem-se dedicado igualmente ao estudo da história marítima dos concelhos de Mafra, Sintra e Cascais entre a Antiguidade e a Idade Moderna, bem como ao estudo da defesa costeira no distrito (kura) de Lisboa durante o Período Islâmico. De uma forma geral, no seu trabalho sobressai uma metodologia interdisciplinar com forte recurso à geografia, à arqueologia costeira e subaquática.

Pausa

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Carlos Leite

Breves considerações acerca da Mortalidade em Sintra durante o Terramoto de 1755

Carlos Leite nasceu em Lisboa em 1978. Licenciado em História pela FCSH – Universidade Nova de Lisboa, actualmente encontra-se a concluir o Mestrado em História Medieval na mesma Faculdade. Desenvolve várias investigações ao nível da História Local, nomeadamente no Concelho de Sintra.

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Jorge Martins

A Inquisição em Sintra

Jorge Martins é doutorado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Autor de manuais escolares, obras de ficção e ensaio sobre história contemporânea, história local e estudos judaicos e inquisitoriais, designadamente: Portugal e os Judeus, 3 vols., 2006; Breve História dos Judeus em Portugal, 2009; A República e os Judeus, 2010; Maria Gomes, Cristã-nova, 117 anos: a mais idosa vítima da Inquisição, 2012; Manteigas, Minha Pátria: os cristãos-novos de Manteigas, 2015, A Inquisição em Ourém, 2016.

14.30

Painel 4

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Eugénio Montoito

Reencontro com o passado. A Cadeia Comarcã de Sintra

Eugénio Montoito é técnico superior da Câmara Municipal de Sintra e professor na Escola Profissional de Recuperação do Património de Sintra.

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Rui Oliveira

A ribeira da Agualva, do Jardo ou de Barcarena – Um caso de Estudo

Rui Manuel Almeida de Oliveira, natural de Belas-Queluz. 52 anos de idade, aposentado. Investigador de História Local e Etnografia sintrense. Redactor especializado na área da Arqueologia, Património e História Local Sintrense da Rádio Ocidente e Jornais “ A Pena” (Sintra), Voz de Tercena (Oeiras) e Correio da Cidade (Mem Martins) entre outros. Colaborador e amimador da RJ – Anima; Associação para Valorização da Ribeira do Jardo ou da Agualva, no Troço Urbano da Cidade de Agualva Cacém.

Pausa

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João Rodil

Christopher Isherwood e a Geração Auden em Sintra

Escritor, poeta e ensaísta, João Rodil nasceu nas Azenhas do Mar, a 22 de Fevereiro de 1961. Com mais de vinte obras publicadas, muitas das quais sobre a História, a Literatura e a Etnografia sintrense, objecto preferencial de uma vida de estudo e investigação.

É autor e apresentador de vários documentários para televisão, colaborador em jornais e revistas nacionais e internacionais, conferencista e coordenador de múltiplos congressos, colóquios e encontros culturais.

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José Manuel Vargas

O Foral de Colares no Contexto dos Forais Manuelinos da Região

José Manuel Vargas, 1948- (Lisboa). Licenciado em História e Mestrado (parte curricular) em Paleografia e Diplomática, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Professor de História e de História da Arte no Ensino Secundário (1980-2007). Bolseiro da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (1996-2000) para transcrição e edição da Chancelaria de D. João II, projeto coord. por Eduardo Borges Nunes. Participação em inúmeros colóquios e congressos com comunicações sobre forais, ordens militares e temas de história medieval, regional e local.

Autor e co-autor de diversos estudos, entre os quais se destacam: Pelas Freguesias de Lisboa. Lisboa: Câmara Municipal, 1993-2000. 5 vols; colaboração com 21 artigos, no Dicionário de História dos Descobrimentos Portugueses. (dir. Luís de Albuquerque). Lisboa: Círculo de Leitores, Caminho, 1994; Foral de Alhos Vedros. Moita: Câmara Municipal, 2000. (reed. 2014); Foral de Lisboa (1500). Lisboa: Grupo de Amigos de Lisboa, 2000; Os Forais de Belmonte. Belmonte: Câmara Municipal, 2000; Livro da Vereação de Alcochete e Aldeia Galega: 1421-1422. Alcochete: Câmara Municipal, 2005; Sabonha e S. Francisco. Alcochete: Câmara Municipal, 2005; Aspectos da História de Alhos Vedros: Séculos XIV a XVI. Alhos Vedros: Junta da Freguesia, 2007; Os Forais Manuelinos do Distrito de Setúbal, in II Encontro de Estudos Locais do Distrito de Setúbal. Setúbal: Escola Superior de Educação, 2011; O Foral Novo: Torres Vedras, 1510. C.M. Torres Vedras, 2016; Canha e os seus forais, Junta de Freguesia de Canha, 2016 (no prelo).

Encerramento pelo presidente da Assembleia Municipal de Sintra, Dr. Domingos Quintas

SÁBADO, 29

10h- Visita guiada pelo Parque da Pena e Chalé da Condessa d’Edla, terminando o Encontro com um concerto pelo Coral Allegro e entrega de diplomas de participação na Abegoaria do Parque da Pena. Ponto de encontro na entrada do Chalé da Condessa, estacionamento no parque da Tapada do Mouco, 150 m à frente.

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Inscrições: Associados da Alagamares, alunos e professores das escolas do concelho de Sintra, funcionários da CMS e da Parques de Sintra- 5 euros
Outros-10 euros.

No momento da inscrição, enviar mail para alagamaressintra@gmail. com, com nome completo, e indicação da qualidade em que se inscreve.O pagamento pode ser  efectuado no local no dia do evento, mas sujeito à inscrição até 25 de Outubro, ou através do IBAN PT 50 0007.0341.00028990001.55.

INFORMAÇÕES- alagamaressintra@gmail.com e 924203824

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SOBRE D. FERNANDO II

Fernando II (Viena, 29 de Outubro de 1816 – Lisboa, 15 de Dezembro de 1885) foi o segundo marido da rainha Maria II e Príncipe Consorte de Portugal de 1836 até 1837, quando se tornou Rei de Portugal e Algarves, reinando até a morte dela em 1853. Era o filho mais velho do príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha e sua esposa a princesa Maria Antónia de Koháry.

Fernando casou-se com Maria em 1836, ganhando o título de príncipe consorte. Seguindo a lei portuguesa da época, apenas se tornou rei após o nascimento de seu primeiro filho, o depois rei Pedro V. Maria morreu em 1853 e Fernando serviu como regente do filho durante a sua menoridade, até 1855. Evitando envolver-se na política, focou o seu tempo nas artes, o que lhe valeu o apelido de ” Rei Artista”.

Era o primogénito do príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, irmão do duque Ernesto I e do rei Leopoldo I dos Belgas, e de sua esposa, Maria Antónia de Koháry. Tinha três irmãos mais novos: Augusto, Vitória e Leopoldo.

O príncipe cresceu em vários lugares: nas terras de sua família na actual Eslováquia e nas cortes austríaca e germânica.

Em 1835, tendo D. Maria II enviuvado aos 16 anos do seu primeiro marido, o príncipe Augusto de Beauharnais, foi escolhido para novo esposo da soberana.

As negociações do casamento foram dirigidas por D. Francisco de Almeida Portugal, Conde de Lavradio, tendo o contrato matrimonial sido assinado em 1 de Dezembro de 1835, com o barão de Carlowit em representação do duque reinante de Saxe-Coburgo, e o barão de Stockmar em representação do príncipe Fernando, seu pai.

De acordo com a tradição portuguesa, enquanto marido de uma rainha reinante, D. Fernando só tomaria o título de rei após o nascimento de um herdeiro (foi este o motivo pelo qual o primeiro marido da rainha, Augusto de Beauharnais, nunca foi rei). D. Fernando foi, portanto, príncipe de Portugal até ao nascimento do futuro D. Pedro V, em 1837.

A 1 de Janeiro de 1836, casa-se D. Maria II por procuração, e é assinado o decreto nomeando D. Fernando marechal-general do Exército, posto reservado ao próprio Rei, na sua função de Comandante Supremo do Exército. D. Fernando saiu de Coburgo, atravessou a Bélgica, e embarcou em Ostende para Lisboa, onde chegou a 8 de Abril. A cerimónia do casamento realizou-se no dia seguinte. A nomeação de D. Fernando enquanto marechal-general gerou polémica entre os liberais mas, uma vez que essa dignidade já houvera sido conferida ao príncipe D. Augusto, o governo não podia deixar de comprometer-se com a rainha.

Foi eleito, a 4 de Maio de 1836, presidente da Academia Real das Ciências.

Por ocasião da fundação da Academia de Belas-Artes de Lisboa a 25 de Outubro de 1836, D. Fernando e a rainha declaram-se seus protectores. Após uma visita ao Mosteiro da Batalha (que se encontrava abandonado, no quadro da extinção das ordens religiosas), D. Fernando passou a dedicar parte das suas preocupações à causa do protecção do património arquitectónico português edificado, tendo impulsionado cultural e financeiramente, a par do estímulo à acção desenvolvida por sociedades eruditas, projetos de restauração e manutenção respeitantes não só a Batalha, mas também ao Convento de Mafra, Convento de Cristo, em Tomar, ao Mosteiro dos Jerónimos, Sé de Lisboa, Torre de Belém, ou o Palácio da Pena, em Sintra

Como amante de pintura que era, colaborou com algumas gravuras de sua autoria na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865).

Em 1869 casou-se pela segunda vez, morganaticamente, com Elise Hensler, feita Condessa d’Edla, uma cantora de ópera e mãe solteira, a quem deixaria como herança o Palácio da Pena, cuja construção foi da sua inteira responsabilidade e entregue ao engenheiro alemão Wilhelm Ludwig von Eschwege.

Em 1862, tendo havido uma revolta na Grécia contra o rei Oto I,  ofereceu-se-lhe o trono grego, mas este recusou.

Em 1868, uma revolução expulsou a rainha Isabel II da Espanha e a sua família, e o governo provisório espanhol, não desejando estabelecer uma república, ofereceu a coroa a D. Fernando II, então com quarenta e nove anos. D. Fernando também rejeitou esta proposta.

O seu corpo jaz ao lado de D. Maria II, sua primeira esposa, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.

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